sábado, 11 de junho de 2011

Cyborg Jurídico

Amados amigos, o ser humano por norma é corrupto. Corrompido primariamente pelos seus sentimentos e seus anseios. Qualquer outro instrumento usado para corromper apela à estes dois fenómenos que nenhum ser humano se vê livre.

Talvez, foi pensando nisso que surgiu a tão famosa estátua da justiça. Uma mulher (representação de uma deusa mitológica europeia), cega e na sua mão empunha uma balança e uma espada. Simbolizando a insignificância do poder e raça perante a justiça. Pelo menos, foi essa a análise dos "grandes pensadores" do século passado. Talvez naquela fase ela fizesse sentido, mas nos dias de hoje ela não deveria continuar prevalecendo. Porém está mais do que na hora de ajustarmos as coisas a nossa realidade.

Na nossa era, dizer que a justiça é cega e imparcial é um insulto ensandecido aos injustiçados. Há muitos anos que ela (justiça) fez um transplante de córnea, está a ver bem quem é quem, trocou o lenço pelas Ray-Ban's, daquelas tão escuras que para ver um pobre, ele tem que ser iluminado com algumas "luzes e notas verdes".
Como é que a gente tem coragem de acreditar que é justo dar uma espada à mão de uma cega? Isso "memo" faz sentido? Chega! Temos que parar de nos comportar como aquele povo que viu seu rei nú e fingia ver as vestes finas. Vamos lá "mazê" questionar o senso das coisas. Não é ignorância alguma questionar a sabedoria popular quando ela já não se coaduna ao contexto social em que vivemos. Assim como é que ela via o que foi posto na balança para determinar o seu juízo final? E como se não bastasse, tem a espada. Ela corta aquele que a balança apontar, e bem dentro da sua cabecinha, você bem sabe quem é ela tem cortado ultimamente.

Vamos Lá Ser Sinceros, por favor!
Eu não estou aqui a falar sobre suposições, sobre como a justiça deveria ser feita, sobre o significado contido nas diversas mitologias gregas ou romanas. Não estou a falar de um exercício de queda livre em Física, onde a resistência do ar é desprezada para facilitar os cálculos.

Eu estou a falar da vida real meus caros. Onde a resistência do ar deve ser incluída, onde detectores de mentira não são usados, onde temos muitos advogados do diabo, onde a "mana Justiça" não fecha os olhos nem faz olhos grossos à muitas situações, ela tratou de ser cega para facilitar posteriores explicações.

Não somos tratados todos da mesma maneira perante a lei. Será que a lábia dos advogados públicos é pouca, não chega para defender alguém em condições? Aos poderosos a ausência de evidências os inocenta; aos pobres, a ausência da mesma incrimina-os.

Agora eu pergunto: Será que vamos precisar fazer "Cyborg's" para substituir os humanos nos tribunais? Será que temos que apelar à seres incorruptíveis para que todos sejam julgados com base às mesmas leis e defendidos com a mesma relevância? Como é que vamos fazer com que todos os homens sejam vistos da mesma forma perante o tribunal?

Um cyborg iria ser fenomenal e implacável na sua acção, mau tipo o Rambo e o Van Damme juntos, talvez iriam lhe corromper dizendo: Se não deres um veredicto à favor deste réu, hoje não te meto a carregar.
Com ele a "dona Justiça" iria ver todos sem os óculos escuros do Big Nelo ou mesmo as do Anselmo Ralph, iria deixar de "cargar" os desfavorecidos, fá-los-ias sentir o "beat" da verdadeira ordem judicial, os "não me toca" que existem iriam diminuir consideravelmente parando um pouco com o "hoje é surra" que se sente pelos arredores... E quem sabe poderíamos "brincar cô vida" um pouco mais à vontade sem ter medo da cegueira induzida da nossa querida e amada "Samurai" nos passar um "mambo do pescoço", porque até, na semana passada passei pelo Jumbo e por lá já não há mais vidas à venda.

Cabe aos novos juristas, advogados e à todos os outros funcionários do sistema judicial mudar esse cenário em que Deus e diabo são defendidos com as mesmas armas, argumentos e ferocidade.

O ser humano está corrompido pelo social status na hora de julgar, isso é um facto. Quebre a casca de ovo em que estás pelo menos hoje, ao analisar as coisas não use a definição teórica mas a prática. Se continuarmos com ideias utópicas de uma sociedade ou regra que nunca existiu, não passaremos de um grupo de jovens que nem como salalés poderemos ser comparados!

quarta-feira, 18 de maio de 2011

A Fauna Angolana

A fauna angolana está cheia de animais caricatos e surpreendentes, e dois deles são a Lebre e o Cágado.
Era uma vez... Uma Lebre e um Cágado.
Um dia, estando a conversar, diz assim a Lebre para o Cágado:
- Olha lá, tu não queres fazer uma corrida comigo?
O Cágado respondeu-lhe que sim.

Alto lá! Repito, alto lá! Pára tudo imediatamente! O Cágado aceitou?! Isso é uma tremenda brincadeira! Onde é que já se viu tamanho descalábrio?

Qualquer ser sábio ou coerente diria: Desculpa te desapontar amada Lebre, mas não estou em condições para tal. E caso resolvido, assim seria se esses animais pertencessem à uma cultura diferente. Mas na nossa... Hum...

Numa aposta, as duas partes devem apertar as mãos. Assim também foi entre eles dois, acertaram a aposta as 15 horas, e o Cágado só alcançou a mão da Lebre quando eram 23 horas, ele era mesmo rápido.

Ela, era uma típica angolana, rápida, esperta, perde-se pela aparência facilmente, sabe que o outro não é (mais rápido), não tem (velocidade) e nem iria aguentar (a pedalada), ainda assim ela desafia-o. Ele, outro angolano de raíz, astuto, nunca aceita perder, não gosta de estar mal na fita, bom em "playbacks" (finge muito bem) e está sempre a contar com a sorte para livrar-se das "makas" em que se mete.

Me falem só se os dois não são a representação animalesca dum casal angolano.

A corrida começa, e como qualquer angolana, ela tem uma ideia fixa na cabeça, ele vai passar "mále", mesmo que eu parar ele não vai me "pegar". Sou demais e sei bem o que quero (ou não "memo"). Após uns minutos de corrida, ela sai da pista para apanhar um ar e relaxar já que o adversário era lento mesmo, não era problema. Só que ela não sabia que o Cágado afinal tinha uma motorizada Honda CBR 1000cc (cilindradas). Avizinhava-se a desgraça da Lebre!

A Lebre chega ainda de ver o Cágado muito distante, vindo nas calmas e com um aspecto inofensivo. Lá ela começa a se envolver no jeito suave do Cágado, e começa a esquecer o motivo da corrida (na verdade ninguém na face da terra sabe), ela fica totalmente perdida e começa a sonhar. Até o momento em que o Cágado sobe em sua CBR e sai acelerando; tá brincá cô vida!

Ele não queria saber se a Lebre ainda estava na corrida, se ela sabia ou não do que se passava. Apenas queria ganhar, ganhar e cumprir o seu objectivo antes de qualquer outro animal. É outro que também esqueceu o intuito da corrida e parece que já não sabia que além dele só tinha a Lebre.
Quando ela volta já era tarde demais, pois ele estava a pôr bravas rodas em direcção à meta, com aquela cara de super-jovem com paca na hora. Ele acaba se tornando uma lenda, por vencer algo que parecia praticamente impossível.

Vamos Lá Ser Sinceros só uma vez nas nossas vidas:
O Cágado é ou não é angolano?
Ele não quer saber se a Lebre (dama) está ciente do que se está a passar, se está iludida ou se ela magoou-se (ou iria magoar-se) se perdesse a corrida de forma meia que injusta. Primeiro a meta, depois que venham as consequências da mesma. Mas será que a Lebre não deu conta que aquele Cágado não era burro? Usava uma crista na cabeça e era motoqueiro? Isso não foi o suficiente para tratar de se prevenir um pouquinho?

Já a Lebre, coitada, iludiu-se facilmente por confiar em demasia na sua velocidade e não na sua inteligência. Por isso acabou perdendo a corrida para um animal que não era do seu patamar, e pior ainda, foi difamada por ter sido a ludibriada da vez. E parece que após a corrida ela ficou cega, porque já não via as "macaquices" do seu "amigo" Cágado que começou a abandalhá-la.

Mas se fosse o contrário, obviamente não estaria a falar da fauna angolana

terça-feira, 17 de maio de 2011

Seja O Que Deus Quiser!

Existem pessoas que metem Deus em saias justas. Deixam o Todo-Poderoso sem saber o que fazer, literalmente falando.

Devemos perceber, que o Senhor lá em cima é o amplificador dos nossos desejos, e não o criador ou concretizador deles.
Por exemplo: Há pessoas que vão à prova sem ter estudado coisíssima nenhuma (talvez, concentraram umas duas ou três páginas), fazem uma oração e dizem no final: Seja o que Deus quiser. Já imaginaram com que cara o Senhor fica quando ouve isso? Ou mesmo a aflição do mensageiro ao ter que informar isso?

Sinceramente! Assim querem o quê? Ajuda? Um empurrãozinho? Ou querem mesmo um milagre na hora?
É complicado, acho que é por isso que milagres têm andado tão escassos. Têm pedido muitas coisas absurdas.

Sendo Ele um amplificador, tudo aquilo que você aplica com a sua e trabalho, sairá com uma força bem maior, com uma energia soberba! Ele multiplica o teu esforço e tornas-te indestrutível.

Agora, não é você meter "0" e esperar "1 milhão". Quem isso faz, só pode estar a "brincá cô vida"... Vamos Lá Ser Sinceros, pelo amor de Deus.

Após fazeres uma patetice dessas, esperas que corra tudo bem e se assim não for, sais por aí dizendo tolices: Porque eu "memo" só tenho azar, nada corre bem, me meteram na "panela", meu avô me enfeitiçou, eu tenho que tomar um banho tradicional para ver se resolve, vou ter que trocar de igreja esse Deus daqui não opera em nada da minha vida, ando amarrado... Sai lá "mazê" daqui pá. Tenha santa paciência e deixe o seu avô, Deus e todo o seu conglomerado em paz!

Mas como agora todos têm aderido à globalização e uso de novas tecnologias, quem sabe já teremos um aparelho que recebe uma mensagem lá de cima sempre que alguém pedir ajuda divina sem ter se esforçado dizendo: Faça-me o favor de retirar este pedido. Imediatamente! Ou uma dizendo: Assim "memo tá" bom?

Ganhemos juízo. Vamos só parar de "gastar" desejos divinos de formas desnecessárias, porque poderão ser úteis numa situação mais importante e os Céus agradecem.

sábado, 23 de abril de 2011

Semana Santa De um Bolseiro

Desde o momento em que alguém chega à um estudante bolseiro e o deseja feliz Semana Santa, você imediatamente sabe que essa pessoa está a ser sarcástica da forma mais zombadora possível; ou, na melhor das opções, ela está a "brincá cô vida"!

Meus queridos e idolatrados amigos, a Semana Santa na mente dum bolseiro processa-se da seguinte forma:
Entra no ouvido, passa por muitos filtros (que por acaso estão todos sujos e entupidos) e sai com o significado de desbundar o fim-de-semana prolongado.

Há quem pense que o trabalho dum bolseiro é estudar, e por isso, ao se aproximar um fim-de-semana do género devemos aproveitar-nos da situação para estudar. Vão me fazer rir! Pois saibam que o trabalho dum bolseiro é sofrer ("chofrer" memo). A farra é só para dissipar as "malambas".

Na verdade, eu também não sei que desbunda é essa. A propósito deixa "mazê" meter aspas nisso: "Desbunda". Ela acontece no fim do mês e eu não estou a ver nenhum bolseiro com "pacas" no fim do mês.

Duas semanas antes da dita Semana Santa, já estávamos todos a cheirar borracha queimada, jantes a roçarem no asfalto, porque começamos, como é de hábito, a "travar" apartir do dia 4 de cada mês, e o carro tem que ser arrastado até o dia 31. Isto é um feito mais radical do que saltar dum prédio, é adrenalina pura.

Se, para satisfazer a nossa necessidade vital (diversão) não está a dar; quanto mais alguém falar ao teu lado que durante esta semana não come-se carne. Agora vão me fazer gritar. O quê? Hoje não o quê? Eu abro a minha arca e o menú até é bastante variado, tem carne, frango, frango, carne, carne e deixa ver... FRANGO!
Assim então, se eu misturar carne de vaca com frango vai dar peixe? Ou agora pesca-se no aquário da vontade?

Só há uma solução... Carne!
Portanto, Vamos LáSer Sinceros... Não há pão para malucos, nem peixe para bolseiro!

Feliz Páscoa!

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Como Deixar Uma Namorada Pensando No Futuro

O acto de deixar uma namorada, deve ser encarado como uma arte!
E como qualquer arte poucos são os mestres com habilidades de explicar os conceitos fundamentais.

O que mais perturba um homem na hora de deixar uma "dama", é nada mais, nada menos, do que a possibilidade de um possível arrependimento; ou ela ficar muito protuberante após a separação, que também leva ao arrependimento.

Pois então, tendo este facto em conta. Nada mais acertado do que elaborar bastante o teu discurso e o cronograma de acção na hora de ir montar uma "deixadura", porque até é do seu interesse deixar as portas abertas caso o arrependimento se faça sentir.

Caro amigo, na hora da execução deve ter em consideração que se fosse ela, não haveria piedade. As mulheres tendem a ver o fim do relacionamento como um penalti no boxe sem guarda-redes, se ela estiver muito decidida, ela irá terminar a relação independentemente de qualquer acto seu (porque até quando tiveste a chance não aproveitaste). Portanto é recomendado aplicares a mesma ideologia, seja firme. Abane mas nunca caia!

Escolha bem o local. Evite fazê-lo em sua casa, para que não haja momentos embaraçosos na hora em que ela tem que retirar-se de lá. Para aqueles que namoram "sanzaleiras", em sua casa ela partirá tudo. Isso é um facto!

Se tens medo de a magoar, saiba que irás magoá-la sim! Porém saiba escolher a extensão da faca que vais usar!

O assunto é pensar no futuro nê? Então Vamos Lá Ser Sinceros:
Mostre sua dor e consternação, conecte com ela. O intuito principal é mandar mensagens ao subconsciente de sua ex-amada a ideia de que não está tudo terminado, nem que tu és um pulha barato.

Se ela perguntar a razão, enrole. Só não diga que arranjaste outra, pensas em outra ou qualquer coisa do género. Ela está a pedir-te para ser sincero, não verdadeiro.
Abrace-a, chore se puder. Entre quatro paredes tudo é permitido. Mas seja claro, ser claro não quer dizer armar-se em homem de ferro e ser duro demais. Muita clareza faz mal aos olhos. Diga também para não te ligar quando ela sentir saudades, porque não atenderás.

Desse jeito estarás a mandar mensagens para o subconsciente dela que tu não sabes bem o que estás a fazer, também estás confuso.

Muita atenção ao seu tom de voz, é extremamente fundamental. A linguagem corporal deve ainda ser mais clara do que as suas palavras.

Se está difícil perceber o que estou a tentar dizer, visualize o seguinte:
Acabar um relacionamento é como arrancar um dente. Aplique a anestesia (crie tensão, para que ela esteja preparada para o que der e vier). Põe o alicate e arranque o energúmeno (deixe-a). Estanque o sangramento com algodão (finja estar magoado também). E no final recomende alguns antibióticos (fale dos bons momentos que tiveram)

Desse jeito, se sofreres qualquer anomália provocada pelo arrependimento, poderás apertar Ctrl+Z e voltar para ela com poucas dificuldades.

terça-feira, 8 de março de 2011

Cada Um Com o Seu Dia... Ou Não "Memo"!

Dia 8 de Março e está todo mundo, incluindo eu, a mandar mensagens, direccionado às mulheres. Engradecendo-as e listando os seus atributos; bem que elas merecem.

Eu, claro, estou bastante feliz porque dos vários tipos de mulheres existentes nesse mundo, lido com o especimen mais complicado que existe na Terra, o tipo de modelo que nem o seu "Fabricante" entende, conhecida entre nós terrestres como Angolana - A Tal!

Tal como escrevi no meu mural do facebook, sem elas eu perderia a minha maior fonte de inspiração, sem dúvida alguma que são as minhas musas. Por isso "Feliz Dia da Mulher". Elas merecem. Não é fácil nos aturar.

Mas essa é a hora em que os que ainda têm tabus devem abandonar o blog e se dar por convencido que eu parei por aqui e fiquei apenas no elogio.

Vamos "mbora" Lá Ser Sinceros ué.
Hoje é/foi a vez das damas e todos os homens que eu conheço emitiram mensagens congratulando-as, feliz dia da mulher.

Mas, eu repito, mas nunca recebi sequer uma mensagem de uma mulher a me dizer: "Feliz Dia do Homem" numa Sexta-feira.
"Assim então é porquê"? Não merecemos? Normalmente são 52 (cinquenta e duas) Sexta-feiras em cada ano, esse ano não foge a regra, e no entanto nem a palavra "feliz" sequer sai da boca delas. Nesse dia (Sexta-feira), quase sofremos um interrogatório por estarmos sorridentes e animados (exemplo: Xé, estás a rir o quê? Tira-me esse sorriso imediatamente da cara).

Vamos passar por tantos dias do homem e duvido muito que um de nós seja parabenizado por uma mulher. Daria o braço se isso acontecesse (por favor, não mudem o vosso comportamento só porque eu estou preste a perder um dos membros superiores). Mas estão a ver "né"? No vosso dia (mulheres) estamos a "vos matar cô mensagens!

Porém, eu continuo não esperando tal comportamento, pois sou rodeado pelas Tal'es, e elas "memo" jamais fariam isso, num brinca cô vida. E se porventura, o caro leitor estiver num relacionamento com a Tal e exigir que tal fenómeno aconteça, obviamente você está a procura dum mambo do pescoço!

E como disse um amigo meu filósofo e muito sábio:
Feliz dia das mulheres para todas as mulheres do mundo, e em especial as que eu conheço (angolanas)! Obrigado por existirem, sem vocês nós não seríamos "nada".

sábado, 5 de março de 2011

Um Conto Popular

Um dia desses numa aldeia, o Rato sai aflito de casa e vai queixar-se aos seus amigos: Meteram uma ratoeira dentro de casa, por favor me ajudem, senão terei que sair de casa. Naquele instante, todos os animais ao seu redor começaram a assobiar, até o Jacaré.

O Boi, com aquela voz estrondosa, foi o primeiro a dizer já um: Num brinca cô vida oh Rato. Eu "mbora" não tenho nada haver com o assunto, porque nunca, nem sequer pisei na calçada do "cúbico" principal, quanto mais entrar. O Porco disse: Eu até para não me levarem dentro de casa passo o dia todo na lama. E a Galinha resume dizendo que ninguém vai poder ajudá-lo (Rato) porque de todos os presentes ninguém tem acesso a casa senão ele; por isso o problema é dele.

O Jacaré e o Macaco após uma sessão de gargalhadas, aproveitando-se do humor na desgraça alheia voltam para o meio do mato, já que o Jacaré disse que isso era "maka" para quem tem boca grande e por isso ele e o Macaco tinham que "bazar" e deixar os outros resolver.

Na mata o assunto só era esse. Até chamaram a Galinha, fofoqueira de raiz, ninguém contava uma desgraça melhor do que ela. Foram gargalhadas e mais gargalhadas a noite toda.

No dia seguinte, enquanto o Rato e toda sua família abandonavam a casa, a Sogra do Senhorio chegava em casa (esse kota mandava azar, sai um problema [o rato], e entra já outro [a sogra]).
Nessa madrugada ouve-se a ratoeira a disparar, a Sogra rapidamente vai até o local da ratoeira, sem acender nem um candeeiro sequer e após uns segundos... Lá estava a Sogra aos berros. Ela havia sido picada por uma cobra que foi a vítima da ratoeira. Vamos Lá Ser Sinceros, tudo se fez mas a cobra morreu imediatamente, pois a Sogra apesar de cair desmaiada era mais venenosa.

Dias se passam e as pessoas começam a chegar, pois os rumores eram de que a mais-velha já tinha tratado toda a papelada para partir para o céu. Então, o Senhorio se vê obrigado a sacrificar um dos seus animais para poder alimentar os presentes. "O", ou se preferir, "a" escolhida foi a Galinha. Coitada, a grande boqueira partira e por isso ninguém mais teria acesso às informações quentes que só ela trazia na velocidade de um cacarejo.
Para o Senhorio, tudo parecia mais uma celebração, ele nunca escondeu que para ele, sogra é que nem mandioca é sempre boa debaixo da terra, fora dela muitas vezes é dura ou muito farinhenta.

Mas voltando a estória, os dias passam e a Sogra, a grande Sogra acaba por falecer. E para sustentar os familiares que apareceram assim que a notícia se espalhou, o Porco que estava chateado por terem matado a Galinha por causa duma ratoeira, é o sacrificado do dia.

Como a carne do Porco não foi suficiente, tiveram mesmo que matar o Boi no dia seguinte para o óbito "correr bem", se é que tal coisa existe.

No meio dessa confusão estava o Pássaro, que lá de cima analisava e se perguntava: Será que isso tudo teria acontecido se ao menos alguém ajudasse o Rato? Afinal de contas, o problema do teu amigo por mais absurdo que seja... Nem teve mais tempo de acabar o pensamento pois foi alvejado no peito por um caçador que também estava no óbito.