quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Já Na Primeira Classe

Mas já? Já?!

Um dos maiores paradoxos da vida humana é o facto do homem falar mais de "tundimba", dizer que gosta mais de "tundimba", quando na verdade a mulher é que se delicia e se maravilha com os feitos do "tundimbo".

O homem sonha e faz de tudo para tornar real o seu sonho de ter um harém; no entanto, ninguém gosta mais de "cacusso" do que as mulheres. Na realidade são elas que mais gostam de "tundimbar". Você pode até trancar a cara, e dizer que não, jamais. Nós homens podemos até duvidar. Mô irmão, só duvidas porque nunca ouviste no detalhe uma conversa entre mulheres, sendo mulheres, falando sobre sexo.

Ah, não, mas isso não tem nada a ver. Então vejamos, se o seu damo negar fogo por duas vezes consecutivas além da enorme desconfiança que essa atitude gerará, a insatisfação dela será das piores. Logo um grupo que nem gosta tanto assim? Quero só ver o que vocês fariam quando ele tiver o atrevimento de dizer que tudo que ele quer é só um aconchego. Qualquer mulher admiraria, assustaria; mas uma angolana iria esperar você dormir para vasculhar o telemóvel, desconfiar da sua índole até cheirar queimado. Mas no entanto, elas afirmam que sexo não é tão importante assim!

Um abraço é importante sim. Mas esteja sempre pronto para confrontos intensos. Na verdade, provoque sempre uma boa batalha porque mulher é tipo ovo. Tens que ter aquele cuidado de não a machucar, mas rapaz... Acredita... Na primeira chance, "num maya", nem vacile, atire no chão. Manda ver no assunto. Se não fizeres assim... Bem... Vai aparecer um tropa de elite que subirá com ela até o décimo andar e a vai atirar no chão com tanta força que a tua surpresa quando vires que ela ao bater no chão não vai nem riscar, será de morrer. Pior ainda quando a ouvires dizer: Mais, mais, quero mais, mas agora do trigésimo quinto andar.

É peremptório que como homem, você apareça, compareça, faça e satisfaça.
E como se não bastasse essa pressão toda por cima de nós, por prestamos um serviço no qual nos sentimos servidos mas somos os servidores, ainda nos vêm com um "já?"!

Vamos Lá Ser Sinceros!
Assim esse quer dizer o quê? Ah porque, já? Mas assim não tinhas mais nada para dizer?
Dizes logo... Já?... E com um tom enorme de admiração.

Cara leitora, deixe-me ser o primeiro homem a vos dizer abertamente que a primeira classe, ou o primeiro "round" não é vosso. Esqueça essa estória de querer se satisfazer com o primeiro round. Simplesmente esqueça. Porque se isso acontecer, ele é que não estará satisfeito. Peço mil desculpas por ser assim directo, mas nenhuma outra classe nos satisfaz e nos faz chegar às nuvens como a primeira. Nenhuma!
Fique com a segunda, terceira, ou com quantas quiseres, mas com a primeira não!
"Num" vem com os teus "hum" a essa hora. Deixem de ser egoístas.

Vocês sabem quanta "rijura" temos que fazer para aguentar uns bons minutinhos com a primeira? Vocês que "num" me brinquem "cô" vida. Depois de tanta ansiedade, estresse e sei lá mais o quê, ela quer no mínimo uns cinco minutos. "What?!"
Achas que tremura, tremura foi criada a partir de que situação?
O indivíduo tentava travar com toda a garra possível, mas não aguentou, as bases tremeram.

Todavia, mil vezes um "já?!" do que um "ih?!"
Tudo menos isso. É importante que mesmo que esteja presa em sua boca, você guarde. E nem penses em largar o teu "ih" só porque fomos à casa-de-banho, porque nós iremos ouvir. Deixem de querer que a criança comece a resolver os seus problemas de limites e derivadas na primeira classe. Haja calma!

Muita calma mesmo, porque se vocês soubessem o que se passa na nossa cabeça após terminar a primeira classe, e ainda assim, nos matriculamos para a segunda, vocês deixariam de falar mal sobre muita coisa. Todo homem na face da terra quando termina o primeiro round, ele não quer mais entrar em campo. Esteja a luta empatada, perdida, ou vencida. Mas ainda assim, nos levantamos para continuar a batalha por puro comprometimento, porque sabemos que não somos um em campo, mas sim dois e os mais sortudos, três. Mas há mulheres que com dor-de-cabeça, já "uelelê". "Muzumbu caté" que beija "Ngana Zambi"!

Agora, verdade seja dita, caros amigos, se "já" terminaste a primeira e levaste um "ih" na segunda, bem rápido tipo és o Flash... Se mata, a tua doença é terminal. Morra antes que todo o mundo fique a saber. Pois, ser nenhum igualará a crueldade de uma mulher. Não é à toa que diabo é homem.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Mercenários 2

Esse é o tipo de título que eu só dou quando vou falar de como atacar e abater uma pacaça. Esse termo só paira nesses ares, quando vamos falar de safári ou de caça furtiva.

Mas hoje, hoje um amigo obrigou-me a ser literal, e ir "memo" directo ao assunto! O filme Mercenários 2 não será pouca tripa, aquilo será muita estripa!
É que há muito que eu já ando mau com esses filmes de 80 minutos, onde 65 minutos dos quais só muita conversa da cara, muito parla-piê de "matuji" do focinho para explicar 15 minutos de pouca surra! Nesse não! Nesse "movie" "num" pode acontecer essa lenha, eles que "num" brinquem "cô" a vida. Nessa "mutucuria", os palhaços anti-pancada não meterão a mão! Não nesse! Nesse haverá muita "sanguína", muito tiro, muita pancadaria, e eu nem quero saber o que os críticos dizem: Violência nos filmes, é uma coisa maravilhosa.

Para já teremos:
Bruce Willis: "Wi" que apanha muita surra mas no fim do filme só fecha um pouco os olhos, dá um sorrisinho e de repente ele está com um aspecto de mecânico, a cara só fica suja de óleo de carro.

Dolph Lundgren: Se viste "Soldado Universal e Rocky IV" você lhe sabe! Gajo margoso, truculento... Pancada na hora!

Jet Li: Manda os desentendedores de filme de acção pastarem, eu quero ver você a correr 15 quilômetros no ar para dar um "granda" bico da "chulipa" do bandido e ver ele cair em câmera lenta com direito a 15 repetições de vários ângulos.

Jean-Claude Van Damme: Esse nunca fez nenhum filme sem cacusso, nunca mesmo! Ele não sabe o que é isso. E parece que ele vai voltar a voar para dar aquele pontapé que matou o Bolo Yeung, Tong Po, Fender, e tantos outros rei dos bandidos que não eram de se coçar!

Rambo e Comando! Aqui em Angola, eles são o Rambo e o Comando! Sylvester Stallone e Arnold Schwarzenegger é lá! Lá! Lá na mãe! Aqui não há mais-velhos, não há "kandengues", todos lhes chamam assim! Já houveram muitas chapadas antigamente durante discussões acirradas entre quem é que ganharia se eles lutassem. Só de pensar... Ah "mametu uê", "Aka suku yanguê"!
É muita surra, é muito tiroteio. É que eu já começo a soluçar como uma boneca. Meus olhos começam a entrar em transe ao fechar para imaginar. Chamar de Rambo e Comando chega até a ser um tremendo abuso, aqui a gente chamava-os "memo" de "Uembô" e Comando da Geni!

Chuck Norris: Bem, reconhecido mundialmente como o "papoite", aqui, ele ainda é chamado por "Chuque Nori" ou senão "Chique Noris"! Agora como se fazem de modernos e que já "zuelam" inglês, ah porque "Tchaque"... "Num" me façam!

Agora... Vamozimbora Lá Ser Sinceros:

Eu não vou assistir esse filme no cinema. Ter que suportar aqueles pivetes que não conseguem se conter perante uma obra de arte cinematográfica. Eu irei para um sítio mais requintado, me desculpem, mas é para lá que eu irei. Assim que o filme sair, lá estarei eu a esticar para a praça da Chapada, no Marçal, onde quando putos assistíamos todos filmes quentes sentados num banco.

Dentro daquelas casotas, o primeiro fulano que abrisse o bico para falar do filme, apanhava uma boa "galheta"! Todo mundo em silêncio. Parecia estar a ver as ondas sonoras do hino nacional da República. Só era permitido gritar: UEMBÔ! VAN DAMME! ARTISTA! E essa tradição, até hoje é mantida. Gente moderna é outra coisa, tem classe e respeito. Não são esses borrachos que ao se dirigirem ao Bellas, nem sequer me deixarão ouvir a trilha sonora do filme. Bwé de berros desgovernados tentando impressionar miúdas de saia curta com mentes apertadas.

Esse é um filme para se ver naquelas "tepecos" próprias que realçavam o "hati-jô", "pis-pis-pis-pis", "wotchô" ou um bom "AYÁ"! Era incrível como é que eu saía daí a falar até japonês. Eu aprendi inglês por causa daquela lenha.
Éramos tão empenhados que contávamos o filme de uma ponta à outra, enquanto o outro "kamba" fazia todos os sons possíveis e imagináveis que rolaram durante o filme.
Aquela televisão da praça parecia conectar-se com a minha íris e fazia um "upload" do filme na minha memória, que até hoje eu não me esqueço. O dinheiro que eu desviei dos trocos da "jimboa" e do "calulu" para ir ver os filmes que aí passavam, fazem-me ver que a minha mãe sempre me amou, porque ela poderia ter partido a minha omoplata ou até mesmo abrir uma queixa-crime na polícia!

Eu não vou ir se borrar num sítio onde serei obrigado a comer pipocas extremamente salgadas com preços exorbitantes como se estivessem escondido pedras de diamantes lá dentro!
Prestem bem atenção, eu não estou a ir ver "Twilight", eu estou a ir ver um filme de verdade, uma cassete, algo que me fará querer chegar na cama e brincar de se "cafricar" com a dama. Têm noção de quantos filmes me remetem nesse modo?
Sempre que acordo, dou uma dos Lambas: "Tá víre", Mercenários! Vou "vêre" então!

É uma pena não poder ver as grelhas assassinas do Steven Seagal, ou ver a espetarem bwé de facas na chapa que o Bruce Lee sempre escondeu no "biquine", mas epá, se isso acontecesse... Deus sairia da sala dele de cinema e não deixava mais subir letra nenhuma. Acabaria tudo de uma vez!

Mas por agora... Que venha a matança!

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Um Grande Sacrifício

Os românticos tendem a viver a vida a espera do dia em que poderão provar toda a sua devoção, dedicação e amor através de um grande sacrifício. Um grande sacrifício, daqueles que coloca a sua vida em risco. Aquele que será tão arrebatador, que livros narrarão sua caminhada, hinos entoarão cânticos extasiantes de paixão e estátuas serão moldadas em formas rústicas para que as texturas possam expressar a consistência de uma ternura que nem o tempo apagará.

Em xadrez, aprendemos que um sacrifício é aquele em que oferecemos uma peça para evitar uma derrota imediata ou para iludir o adversário e assim podermos ganhar o jogo. Por exemplo, oferecer a rainha de forma a levar o adversário a derrubá-la e assim não ter meios de defesas, seja para um xeque-mate em seguida ou para derrubarmos uma torre e uma rainha. Sacrifício é ver seus pais deixarem de comer por ti, por saberem que tens capacidade de um dia vencer na vida.
Assim deveria ser um sacrifício. Entregar algo muito grande com o intuito e a certeza de conquistar algo maior. Fim de conversa.

Mas não! É incrível que para muita gente sacrifício é outra coisa.

Vamos Lá Ser Sinceros:

Ah porque: - Ele atropelou e acabou matando uma criança, era desencartado, mas o meu amor por ele era tanto, que acabei por assumir o crime dele. Após sair da cadeia, ele já tinha outra. Logo eu que me sacrifiquei tanto por ele...
Sinceramente... "Tão brincá cô vida"! Está aonde o sacrifício aí? Isso foi burrice, irresponsabilidade e "má" nada. Você não tem que assumir o erro alheio para provar o seu amor. E sempre que notares que a sua companheira, ou o seu companheiro recorre à métodos bastante negligentes, nem que seja para te safar... Fuja! Um dia ainda acordas numa banheira com as tripas fora a serem temperadas com bastante sal e alho. Ou com a cara toda inchada pronta a ligar para a OMA, porque o seu amor que tanto se sacrifica, resolveu sacrificar a tua "chipala".

Prestando agora bem atenção à maioria das músicas românticas, do fundo do meu coração, eles "num" estão a falar de sacrifício. Se o que você fez não resultou, não fez com que a pessoa amada ficasse do seu lado... Se desde o princípio não te deram chance, insististe em exagerar na dose de amor, mas nada... Isso é "memo" patetice, "chopechice", "choneísmo". Isso é fruto de muitos anos a chupar ranho. Isso é vontade pura de querer estender essa pessoa em um conjunto de textos amargos que serão acompanhados com um milhão de pessoas cantando em coro e refrão único, culpando alguém de te ter chacinado o coração, quando poderias rever a tua jogada e recuar algumas peças importantes.
Não vejo sacrifício nenhum em se atirar do terceiro andar para poder namorar, e após isso, achar que o parceiro pertence-o. Eu não sei se essa pessoa deixou de pensar na hora em que foi pular, ou na hora em que achou que assim teria o amor de alguém para sempre!

Eu sei sim que o amor é cego. Mas essa dica foi criada e espalhada por um outro sofredor pá! O amor sabe ver quando está a ser escorraçado, enxovalhado e esquartejado. Ele vê bem. Porém, se o teu não viu, a cegueira nunca fez de ninguém burro. Aliás, torna-nos mais sensíveis e perspicaz ao que nos rodeia. Sem dizer, que tudo não passa de uma tremenda descriminação!

Sacrifício é arte! É manipulação no seu esplendor com tons de arco-íris e pinceladas de Vincent van Gogh. É mestria! É dispensar uma farra rija, para estar com a amada e não dispensar a festa para que a amada tenha certeza que a amas!
Mas como esse mundo já acabou mesmo, estamos tipo no Matrix, sentados a vermos as letras a subir. Eu aceito! Digno-me a aceitar que suicídio agora é sacrifício.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Anúncio Público

Olá, caro leitor.
É com muita dor e consternação que a direcção desse blog anuncia que por motivos de força maior, teremos que fechar a boa onda do blog e voltar às épocas da falta de tabús.

Se bem que há muito que eu não ouço à rádio, segunda-feira à tarde decido ouvir qualquer coisa e é aí que ouço a seguinte lenha:
- Será que uma mulher que se entrega à um homem no primeiro encontro é bandida?
Começaram a chover mensagens e chamadas telefônicas torrenciais. Ah porque é "memo" bandida, ah porque essas "num" se dão o valor...

Eu só digo já uma cena: Uma chapada!

É que anda demais, meus caros. Os homens e as angolanas desse país estão cada vez melhor na arte de piorar.
Agora, por tudo e por nada... Apelidam as mulheres de bandida. E fazem-no à luz do dia. Parece que para demonstrar classe por essas bandas, você tem que ter um óptimo senso de "bandidarizar" alguém. Chamamo-nos bandidos uns aos outros como se fôssemos artistas, ou será que pelo facto de pouca gente ter provas palpáveis do que fazes em "kilande" dá-te o direito de padronizar os outros numa classe pejorativa?

Permitam-me dizer às vossas excelências que todo o homem que pensa que uma mulher não deve se entregar no primeiro dia para garantir a sua dignidade, não deve nunca ser julgado por machista, "buazeza" ou antiquado; mas sim como um homem que não pega ninguém.
Porque Vamos "memo" só já Lá Ser Sinceros! Um homem que está habituado a ter mulheres nos seus braços e não aos seus pés, não iria de forma alguma espalhar uma atrocidade que iria colocar em risco o fornecimento constante de estrogêneo à sua vida.
Uns até disseram: Eu só posso me envolver com a moça depois de conhecer a família dela, tenho que a conhecer bem. Eu digo: - Se eu encontrar esses gajos no paraíso, vou pedir transferência para o inferno. "Grandas" aldrabões!
Isso são ideias de "madiês" que estão a "travá" com a vida. Nem no binóculo ele chega perto de uma mulher porque a visão dele é muito curta e sejamos ainda mais sinceros: Binóculos andam caros!

Acontece que, há até muitas mulheres por aí que acreditam nessa teoria. Uma mulher tem que se entregar depois de três meses. Não, não, tem que ser depois de seis meses mas com muita "kunga" para ele aprender. Assim, estão a espera de quê para mudarem os nomes para Ariel ou Cinderela? Sinceramente, com esse pensamento, você só pode estar a vir da Disney!

Leia lá bem, oh minha santa inocente. Mas... Assim você que sempre foi péssima em matemática, qual foi a fórmula que recorreste para chegar à essa conclusão? Assim esse tempo que pretendes dar, para ele aparentemente dar mais valor, achas mesmo que vai mudar algo? Você acha que os homens não sabem desse truque? Um dia ou dez meses, não muda nada, o que deve mudar é essa mente imunda que habita na cabeça de muitos citadinos.

Supostamente, não é o trabalho que dignifica os homens? Como é que agora o tempo que você leva para sucumbir à um desejo ardente também é uma variável e que cá em Angola, deixem-me frisar se faz favor, conta mais do que qualquer outra coisa? Se estão tão preocupados com a salvação alheia, não entram então na igreja e evangelizem quem vos interessa porquê?

Se ainda não paraste para analisar, magnânima angolana, nem todos os relacionamentos começam com o intuito de ser duradouro. "Num" tranca só a cara, você sabe que é assim que a cena rola. Tu queres alguém, ele idem; porém empecilhos há que justifiquem a necessidade de haver apenas um "one-night stand". Sem ter ninguém a ir chorar, ah porque me vigarizaram. Deixem de encarar o mundo com a vossa lente de ilusão eclíptica óptica de contacto. Desliguem o vosso motor de utopias. Encarem a realidade. Enquanto vocês continuarem a pregar esse tipo de ideias, vocês continuarão a se auto-desvalorizar e plantar minas que vocês mesmas irão pisar.

Eu não entendo a vossa vontade (e falo também "pros chopechos") de querer beatificar e institucionalizar o sexo como um grande patrimônio sagrado.
Bem, na verdade, o sexo tem construído imensos patrimônios por essas bandas, mas se ele alguma vez teve esse valor todo que querem atribuir, se alguma vez esteve no mais alto pedestal... Quando eu nasci já não encontrei. Querem vir falar sobre antigamente. Mas você "memo" iria aguentar um homem com duas ou três famílias como outrora foi comum?

Preocupem-se "mazê" em estudar e terminar os "books" pá! Bandidagem é ver você se doutorar em primeiro ano, porque estás há 8 anos na mesma classe universitária. Porque até, quando és formada e estás sempre a trocar de namorado, as pessoas jamais te chamarão de bandida, mas sim por uma mulher que não suporta estupidez de homem nenhum, uma mulher que os homens não lhe aguentam.

Há de chegar o dia em que as mulheres e as angolanas irão perceber que a verdadeira emancipação passa pela liberdade absoluta sexual; onde paspalhices como ser apelidada de bandida, serão tão remotas quanto o tráfico de escravo na era moderna.

Está difícil, mas vocês vão dar conta que esse mundo já acabou. Há muito que só estão a subir já as letras!

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Acordos de Bicesse

É com muito desagrado que afirmo que por mais que tenha tentado fugir desse assunto, ele sempre perseguiu-me. Fiz de tudo, mas não deu. Faz parte do meu quotidiano, faz parte da minha vida. Afinal de contas, da política ninguém foge! Precisamos debater mais, encontrar formas de entrar em acordo e assim podermos ter a bendita paz que todos almejamos.

O 4 de Abril chegou, mas parece que as coisas andam meio inalteradas. Por essa razão, tive que fazer algumas mudanças nos assuntos daqui do "Blog". E por mais que pareça impossível, a culpa dessa mudança de rumo deve-se simples e solenemente à vocês! Sim, vocês, mulheres! Mais uma vez, vocês voltaram a mudar a minha vida. Aproveito desde já para dizer que eu refuto-me a falar das angolanas devido ao mundo "externo-planetário" em que elas vivem, tornando impossível compará-las com as mulheres. Está mais do que explicado através das várias teses sócio-científicas apresentadas aqui que Deus fez o homem, a mulher e a angolana. Não necessariamente nessa ordem, pois sabemos que a Eva era angolana.

Pois então, porque razão iria eu me rebelar e começar a politicar de vez?
Simples! É que os homens podem ficar o dia todo a dar sopa, sem fazer nada, olhando para o tecto ou mesmo tirando "kibokolo" do nariz que a sua namorada não o incomodará. Nem um pouquinho. Te deixará quietinho. Entretanto, apartir do momento em que pegas no comando da TV para assistir uma série interessante, um jogo mega envolvente...
No mínimo, queres apenas 30 minutos ou aqueles 90 minutos do jogo só para ti, mas ela não deixa. Quando se trata dum jogo de futebol, é como se ela se recusasse a falar contigo nos intervalos. Ela vai se esconder a espera do momento que precises de paz. O que realmente me deixa entretido, apaixonado e confuso com essa habilidade feminina, é que ela só faz isso quando estás a curtir a cena. Se a suposta atracção televisiva estiver podre, ela vai te deixar. Se estiveres a assistir um Sassame do Kwanza-Sul contra Ferrovia de Benguela, Kambondo de Malanje - Dínamos do Sambizanga, jogos que desafiam todas as leis das posições e do movimento físico de tão lentos que são, onde um remate à baliza permite ao guarda-redes beber um copo de água antes de defender e levar 1 minuto só de salto em direcção à bola; a sua namorada nem vai te olhar. Mas se entra um jogaço, tipo "Zula" contra "Zuata", Os Nús contra Os de Meia... Que lá vem ela, gingando, rebolando, disputando a tua atenção com a TV. Ridículo! Aí, você já sabe, ela quer guerra, quer disputa, quer ver quem é quem.
Todavia, isso a gente já sabe. Isso é o pão nosso de cada dia, todo mundo sabe e fala disso. Isso já nem gera mais confusão.

O que mata qualquer homem, e dá vontade de acabar com o Savimbi que há dentro de qualquer mulher é no momento em que vocês estão na cama, após sérios confrontos entre as forças de libertação nacional e a frente nacionalista, onde muito suor e sangue rolou pelos lençóis, os olhos bem no fundo, sem garra alguma, estás com um sorriso no rosto, do tipo: Ela hoje me sentiu, fogo!
Queres apenas dormir e curtir o sabor da vitória, e de repente começas a ouvir um chiado, um "zum-zum-zum" a vir do fundo, como se estivessem a sintonizar um rádio; na verdade, ela estava mesmo sintonizando um rádio. Rádio 5 a bater naquela lenha, muito relato, você não se aguenta mais, levantas bandeiras da paz, chamas o Durão Barroso, queres assinar não sei quantos acordos com os "kwachas"... E nada! Ao invés dela respeitar o cessar-boca, ela entende que aquele é o grande momento para falar sobre o dia dela, a vida dela, a vida das amigas, segredos, planos, e sei lá mais o quê! Ai uê, "Ngana Zambi lelô", hoje vão matar o teu filho na cama do calvário. Você pausa tipo: "Esperinda", é "memo" agora que você quer falar isso? Você "num tá" a ver já os meus olhos como é que estão?
O pior não é ela falar, mas também pedir a sua intervenção; bem pior ainda, quer discutir a relação.

Vamos Lá Ser Sinceros! Isso é muito gozo e abuso de poder. Será que vocês (mulheres) pensam que a cama é a Jamba? Na cama é para ter paz e prazer. Eu não entendo. Antes de entrarem para as trincheiras, nunca têm nada para dizer. Após o homem já não ter mais forças nem para levantar um dedo... O Vasquinguri começa a entrar no corpo da sua parceira, e só ouves: "blobloblorarararararararra, blababalarararra"... GOOOOOOOOOOOOOOLOOOOOOOOOOOO! O homem acorda espantado e grita: É do Akwá!
Estrilho "guda" que se arranjaste! - Afinal "num" me ouviste, afinal "uououô"!
Alguém tem que morrer, esqueçam esse acordo de pássaros que não voam.

Epá, minhas irmãs, "num" é por "male", mas apostem mais no diazepam depois de tudo e nos deixem dormir em paz!

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Mortal Kombat

Sem sombras de dúvidas foi o meu jogo predileto quando era "caçule", naquelas épocas em que mínima volta eu estava a segurar no comando e a varrer os meus "kambas" no jogo. Eu era "memo" estragado no "Mortal Kombat", jogava demais. Bastava ouvir "Round 1" e 10 segundos eram o suficiente para acabar com o adversário.

Todos os santos dias eu jogava. Prática, prática e mais prática. A violência daquele jogo era sensacional. Só me diziam, esse jogo vai te fazer ficar muito violento. É melhor parares, e sei lá mais o quê. Mas como sabem; as pessoas não sabiam o que falavam. Eu sempre fui uma criança dócil.
Porém, já dizia o grande ditado: O povo não mente, só fala à-toa. Eu continuei dócil, mas havia alguém que só acompanhava os meus jogos de longe, mas estava a assumir atitudes um tanto quanto agressivas.

E foi assim que num feio dia eu correndo para ir jogar, depois de ter "matabichado", escorrego, tropeço, bato na parede e espalho o prato e a chávena no chão. No primeiro soar cintilante da loiça batendo no chão, ouvi apenas: "FINISH HIM"! 4 Segundos depois... "Brutality". Alguém fez na vida real o que eu não conseguia fazer no jogo. Fiquei assim por 20 minutos tentando entender o que acontecera. Minha tontura que nunca foi racista, começou pelo preto, passou no branco e terminou num festival de cores. Apanhei uma surra perfeitamente executada, golpes desferidos em pontos vitais de tal forma que o meu corpo teve que parar e pensar antes de começar a sentir as dores. Eu tive que fazer gestão de toque, ou seja, duas mãos para tocar todas as partes do corpo. Não deu! Só consegui dizer duas palavras: Mamã uê!
Mesmo tonto, acertei! Era a minha mãe que havia me voado com um bico do peito puxando de primeira uma combinação de "ashi barai" terminado com "uchi mata" e o resto as minhas câmeras já não fizeram mais referência. Em meio em tanta dor eu só dizia: Minha mãe me batotou, esse código que ela usou, nem existe no jogo. Batoteira!

Mas Vamos Lá Ser Sinceros: Quanto é que custava o jogo de loiça naquela época? Darem-te cabo do cabedal por causa dum copo?! Mas será que naquela época, um copo custava 100 dólares? No top das coisas mais horrorosas que poderias fazer em casa, estava partir um prato, ou um copo. A minha mãe quando ouvisse algo a bater no chão, mandava um sonoro e agudo "uatchá"! Assim "memo" já "Bruça Lee" lhe subiu. Nem vou falar do meu pai, porque é feio hoje em dia dizer que um homem já rugiu com o seu nenê porque ele deixou cair o copo preferido.
Há quem até fugia de casa. Só porque partiu o copo. "Num" era "inda" porque deixou cair a panela cheia de feijão. Era mesmo só um copo, prato, ou chávena vazia. Nem imagino se tivesse vinho lá dentro. Entretanto, continuo sem saber os custos envolvidos. Não há quem não tenha sido sambado da cabeça aos pés por ter partido um prato. E se achas que nunca te aconteceu, lembras-te daquele dia em que não fizeste a cópia e te bateram tipo se atiraste no banheiro da casa-de-banho cheio de água? Yá, nesse dia, 1 minuto da porrada foi pela cópia os outros 59 minutos foram dos copos que andaste a partir e deixaram passar. Estava tudo a cair na tua poupança! Aproveito desde já dizer que agora você sabe porque razão nunca apanhaste tuberculose ou mesmo "jiba", não havia condições propícias para a doença se desenvolver por estarem sempre a pisotearem-te no peito.

Os tempos passaram, e o jogo retorna assumindo uma atitude mais moderna e moderada. Sem o famoso "brutality", sem os combos de 40 golpes. Espelhando perfeitamente os tempos modernos.
Tempos modernos para mim é ver o meu irmão partir um copo e a minha mãe lhe dizer: - Cuidado para não te aleijares, vá a cozinha e traga a pá e a vassoura!
Eu olho de lado, mancomunando com os meus neurônios: Esse "puto" vai apanhar tanto, eu nem vou lhe olhar para ele não vir aqui pedir ajuda. Vou ajeitar-me no cadeirão. Hoje terei o prazer de ver a minha mãe representar a sua ginga "bolachenta".
Tempo vai, tempo vem, tempo vai, tempo vem, o "ndengue" varre aquela lenha; e nada!...
É impressão minha ou alguém aqui "tá a brincá cô vida"? Cadê a bofa? Cadê aquele "acarque saburoso"? Isso é uma brincadeira de mau gosto. Olho para a velha e lhe atiro: "Cumê mamoite", "num" vai sair "a quarquere cuesa"? Até já afastei os cadeirões para salvaguardar o móvel. - Nem com isso! Ou a minha mãe está tipo o novo jogo, mais complacente com o adversário, ou o copo está a custar 1 kwanza. Porque se me deram, é porque era bom. Se era bom, também quero que partilhem com o meu irmão mais novo, porque até, eu não sou egoísta. Continuo dócil.

Me digam só porque razão estão a mudar o sistema educacional rupestre e tradicional! Porquê?! É por isso está tudo a ficar assim. Com pouca idade, esses miúdos já partem a loiça que é uma coisa doida!

Feliz Mês das Crianças!

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Do Beijinho-Beijoca à Cintina

Pausado a pensar em todas as brincadeiras falhadas em que meti-me ao longo da minha infância. Lembro-me que quando mais puto, todos os meus amigos, mas todos "memo", até aquele que eu lhe olhava com desdém, faturavam no Beijinho-Beijoca. Todos! Havia sempre aquele amigo que eu olhava para a cara dele e dizia: Com essa "chipala", esse não vai à lado nenhum. Na verdade ele não ia a lado nenhum. Vinha sim, uma miudinha e lhe tacava um beijo da "bitoca". Eu ficava tipo - Xê, você "num" vê bem? - Mas é que eram todos, menos eu!
Eu até já andava com os dedos todos destrancados para ver se alguém me mandava ir beijar alguém, mas cedo descobri que as que aceitariam que eu as beijasse eram as que fizeram com que até hoje eu usasse óculos, meninas que o meu padrão de beleza estava um pouco acima daquilo que as suas lindas e fofas carinhas poderiam oferecer. Ok, também não era tão mau assim, nenhuma menininha vinha me beijar, então eu ficava aí tipo já só o experiente que não se borrava nesses mambos.
Se beijinho-beijoca eu já travava até cheirar queimado. Nem me perguntei se algum dia brinquei "papá e mamã"! Por favor, não façam isso. Não acho bom partilhar traumas com as outras pessoas.

Daí, saltei para o "futeco".
Se um dia alguém duvidar da minha nacionalidade, eu só lhe direi: "Mô" irmão, "num parla" só muito à-toa, vá buscar uma bola e atire no meu peito.
Desde miúdo que eu sou um prodígio do futebol angolano ("num" é por mal, mas hoje estou a me gabar mesmo), porém nunca descoberto. Era aí que eu dava o show. Eu era tão podre, mas tão podre a jogar bola, que há muito que eu deveria ser titular indiscutível da selecção angolana de futebol. E ainda sou, diga-se de passagem. Já cheguei a ler livros sobre como jogar futebol; para verem bem a gravidade das coisas. E mais uma vez, todos jogavam bem, menos eu.

Agora... Há algo que eu não sei se era brincadeira, ou se era outra lenha qualquer.
O nome? Ir à Cintina!
A cena consistia basicamente em ir cagar na baixa.
Cortamos a transmissão para um pequeno intervalo: Caro leitor, avizinham-se cenas muito fortes. Se você só cresceu na cidade, se você é sensível, se você é frescuroso. Está na hora de fechar a página desse blog e navegar para um outro sítio.

Voltamos à novela de hoje:
O "people" que cresceu nessas "bandulas" de Porto-Amboim, Sumbe, Lobito, Benguela, Lubango... Os frequentadores das valas do Kinaxixi e da Cidadela... Sabem bem do que falo. Nesse exacto momento eles estão a gritar: Ai! "Num" acredito!
Acredite meu irmão.

Nós, os "ndengues" daquela época, tínhamos todos um metabolismo muito acelerado e sincronizado. Logo após do almoço... Cintina "time". A casa-de-banho da casa dos meus avós, por exemplo, estava logo ali. Mas eu e os meus primos (e primas também) dizíamos que na casa-de-banho não "kuyava". Tinha que ser lá! na Cintina, lá na baixa, lá no cemitério "excretal", lá, onde todo o excreto faleceria.

Reuníamo-nos em grupo. Perca de 10 crianças no mínimo. Todos bem empapuçados por causa do pitéu que tinha mais funge do que carne. Era muito funge a se afogar no molho porque na mesa os "kotas" serviam primeiro e quando a panela chegava até aos "caçules", já lá estavas tu com um nó na garganta e vontade de chorar. Passavas a colher na panela e saía um destravado "iiiiiiiiiiih".
Mas lá a gente ia. Tínhamos um conhecimento exacerbado em aritmética. Todo mundo aí delineava o seu perímetro. Essa área é minha. Posição de ataque... E era "créu"!

Detalhe mais importante nisso tudo: Ninguém levava papel higiênico!
Era voltar a subir a montanha, bem nús da nossa vida e descer aquela cena com o rabo acoplado à terra. A gente dizia: Agora é só "escurrular"! E não saía nem uma feridinha. Ficava novinho tipo bunda de bebé.
Mas nem sempre a gente tinha vontade de subir obviamente. Então... Olhos de águia! "Mbora" lá procurar por uma pedra que não tenha sido violentada ainda. E com a pedra mesmo a gente limpava o "dispantintam"! Não havia rapaz, não havia rapariga. Era tudo na Cintina! E lá, nas nossas "carmosines", trocávamos várias ideias. Reclamávamos do tio que limpou toda panela ou do "catumbete" que não saiu bem.
Depois de apedrejar bem as traseiras, a gente se levantava e "qualê" lá lavar a mão?! Por isso é que eu disse. Fecha a página. Acabávamos a cena e íamos pegar numa fruta qualquer em que você mesmo é que subia na árvore para tirar.

Hoje em dia, já grandinhos, passam por mim moças que vi a se esfregarem no chão da Cintina para se soltar do "pelendoce" e que já nem cumprimentam. Ser adulto vos trouxe amnesia, só pode!
Eu passo, e olho, mas que tipo de fezes é que eu tinha na cabeça no lugar dos miolos que me faziam crer que ali era melhor que uma casa-de-banho?

Mas Vamos Lá Ser Sinceros... Isso "memo" era brincadeira?
FELIZ DIA DAS CRIANÇAS!