quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Assim Memo Tá Bom?!

Meia noite!

Em minha casa, muita música gospel para lavar a alma. Sinto que um dos meus pés já pisa o chão leve do paraíso.
Começamos cantando louvores de adoração, bem os meus familiares cantavam, eu fazia um som ambiente de fundo composto por sons nasais para dar mais kuyo pois a minha voz iria só destoar tudo.
Depois do louvor, demos as mãos e oramos. Agradecemos por estarmos juntos mais uma vez e podermos partilhar momentos de alegria.
Quando acabamos de orar, achou-se por bem fazermos primeiro a ceia antes do amigo oculto. E digo "memo" já que "inda" bem! Essa lenha infame só iria me cortar o apetite!

Todos os anos é a mesma coisa. Os kotas aqui em casa ficam a meter até os putos nos amigos ocultos e nem é por mal, eu acho que isso é só para aumentar as minhas chances de receber sambapito como presente. Nunca calho com alguém que conheça os meus gostos. Já andam que nem o governo, ficam a obrigar as pessaos, fizeram do amigo oculto uma brincadeira obrigatória; e de muito mau gosto diga-se de passagem. Os que fazem a rifa, começam a escolher os melhores parceiros e assim "num" dá! "Num vamo tá aqui a se menti!" Só de pensar que quando acabar de comer vão começar a anunciar quem calhou com quem, já começo a ficar com uma bola na garganta devido ao nervosismo. Ainda há pouco tempo pedi para Deus me perdoar e já sei que vou pecar feio por hipocrisia. Vão me dar algo que irei detestar e serei obrigado a rir e abraçar a pessoa. Vejam só, ainda serei obrigado a abraçá-la. Quer dizer, vão me tirar do céu, vou ficar na carne, pecar a sério mesmo. Se esse ano o presente for mais inútil que o do ano passado, alguém ficará no terreno. Dessa vez não serei complacente! Vou dar no focinho! Palhaçada! Querem me estragar o Natal. Não pensem que estou a exagerar, esses meus primos não são confiáveis, têm o mau hábito de oferecer caixas de frango. Assim "memo" dá? 

Vamos Lá Ser Sinceros:

Para aquelas pessoas que deveriam oferecer-me prendas e não deram...
Se porventura eu disse para deixar estar, saiba que eu estava no gozo! É muita cara de pau me dizeres que não podes como se a tua desculpa fosse me deixar satisfeito.
Mulheres, se o teu damo disse que não se importa, é mentira! Ele se importou, sim! E nem adianta vir com essa de se embrulhar num presente para se oferecer, tu não és mercadoria. Têm muito dessa de não darem nada ou de comprarem coisas às pressas e ser uma bodega. Coitado do homem é obrigado a rir para não estragar o Natal. Essas coisas comigo mais não! "Tou" a dar olhada e muito "mixoxo".

Epá, minha mãe acabou de gritar amigo oculto. Desconfio que esse seja o sinal que dá o início à minha tortura e a minutos de insatisfação. Tipo vou ganhar um desodorizante... Assim "memo tá" bom?!

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Carta Aberta ao Papai Noel

Papai Noel o tanas. Todo mundo aqui sabe que o meu problema é com o papai EDEL.

Mô kota EDEL, antes de mais nada, espero que essa carta te encontre muito mal de saúde para que mais uma vez não tenhas que responder as minhas inquietações. Tens sido um pai abusivo e incestuoso. Antes era só a noitinha, mas agora... Agora te deitas todos os dias em minha cama. Não me beijas, não me acaricias, nem mais o Natal respeitas. Sinto-me maltratado por ti todos os dias de minha vida ao teu lado.


Esse ano trouxeste o Natal mais cedo. Desde Novembro que as lâmpadas em minha casa não param de piscar como se fossem jogos de luzes.

No meu Benfica já não sabemos mais o que te pedir. Tudo começou quando a nossa boa vida te irritou. Vias-nos felizes por termos um PT (posto de transformação) privado que nos dava energia eléctrica ininterruptamente e nos fazia sorrir sempre que chegássemos à casa. Incomodado com a situação, mandaste desactivar o PT privado para ser a tua rede a fornecer-nos a luz. Papai, eu nem sei porque chamas isso de rede quando é "mbora" um anzol. Desde que regressaste para essas bandas que temos sido violentamente estuprados pelos seus serviços perfeitamente mal prestados. Está tudo tão bem feito que só me resta ficar olhando para o tecto escuro e sentir finalmente o cheirinho bom de carne podre saindo da minha cozinha penetrando nas entranhas das minhas narinas.

Mas quem ouvir falar dessa carta, saberá que estou mentindo. A energia quase que não vai. A energia eléctrica que forneces tem tanta qualidade que nem o telemóvel carrega. Em pleno século 21 e ainda trazes luz fraca pra casa?! Mas "comé" que tens essa "corage? Tás tirá ondé?!" Aham, já sei... Das "barrage!" Essa vontade de nos fazer mal tem que ter uma fonte de abastecimento renovável. Todos os fins de ano é a mesma lenha, cortam sempre o fornecimento de luz e "inda" vêm nos dizer: Ah "proque temo" sobrecarga. Eu pergunto: É quê então que faz com com que a "neré" só baze na casa dos pobres? A sobrecarga é só agora porquê? Assim "memo tá" bom?! 

Hoje em dia quem me diz que não tem luz é pobre, Vamos Lá Ser Sinceros! 
Você também está na operação Dezembro? Quando sais do ginásio mal tens energia para nos dar? É isso?! Já sei, andas a guardar a energia para o show de pirotecnia na marginal! Só pode... Ninguém entende onde metes o que nos pertence. E nunca falhas na hora de vir nos cobrar as notas. Como é que consegues? "Você tá brincá cô vida!"

O teu programa de unidade e reconciliação nacional tem funcionado a todo vapor. Por tua causa, papá, aqui em Angola quando usam a palavra geral é porque a luz foi! Desligas mesmo todo o mundo como quem diz: Se não posso dar neste meu filho, não dou à mais ninguém. Permita-me dizê-lo desde já que fazes muito bem. Poucas coisas nesse mundo doem e inquietam como ver que a tua casa é a única na rua que não tem lá luz. O ódio entre vizinhos começa assim, eu não tenho mas o vizinho mais "malaike"  que não admite puxadas tem. 
Vossa majestade não quer saber para onde a pessoa foi ou de onde veio, se é analfabeto ou um PhD, simplesmente mete todo mundo a gritar "LUJE!"
Nem sei porquê que escrevo isso, se a essa hora ninguém tem energia eléctrica para ler. Mais um Natal que iremos passar na manjedoura, sem electricidade, sem conforto, sem telemóvel... Ai uê telemóvel desligado!

Caros irresponsáveis da EDEL, nós dão lá só "luje" ué! Estou cansado de puxar energia nos "vizinho". Já basta "gatar" a DSTV deles! Um gajo "caté que lembra" o velho ditado que diz:
Quem não tem cão caça com gato. Só não sabíamos que a energia era um cão rafeiro que nunca pararia em casa e que a solução permanente seria o gato!

domingo, 24 de novembro de 2013

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

A Descoberta - Edição Especial! - 4 Anos no Ar

A vida é uma maravilha quando experimentamos as coisas. Ela é uma alegria quando nos permitimos. Este mundo é infinitamente mais lindo quando descobrimos várias coisas ininterruptamente.
Não nego que adoro descobrir novas coisas todos os anos, todos os meses, todas as semanas e porque não... Todos os dias.

Hoje foi mais um dia de descoberta para mim. A grande magia de uma nova descoberta está no facto de se apoiar à surpresa. Descobrimos muitas coisas maravilhosas quando menos esperamos.
Hoje, durante uma conversa com uns amigos no WhatsApp, eu descobri a verdadeira razão pela qual ensinaram-me a ler. Eu finalmente olhei para o horizonte que a leitura me proporcionava e vi o seu fim.

Foi triste descobrir que o motivo pelo qual aprendi a ler foi para que não conseguisse evitar as mensagens que os meus amigos no WhatsApp enviam que me ordenam a reenviá-las aos outros contactos com o pressuposto de que a desobediência seria punida com coisas horripilantes acontecendo em minha vida. Começam sempre "ah porque se começaste a ler bonhonho...", "não finjas que não estás fioko"; quer dizer até chamam-me de fingido.
Se eu escrever algo aqui relacionado com Deus, sem venerá-lo numa primeira instância, muitos irão dizer que estou a blasfemar, mas Vamos Lá Ser Sinceros, esses que dizem ter o WhatsApp de Jesus estão a "fazê quê?" Ah não, eu sou Jesus e... Sério?! Sério que o meu amigo está a tentar me convencer que é Jesus? Como é que alguém que tem o WhatsApp de Jesus não tem dinheiro nem sabedoria?

Quem me dera ser analfabeto! Se eu fosse analfabeto, aí sim iria "kuyar". Eles como são já os "talos" acesos e sedentos, teriam que sair das suas casas até à minha porta e gritariam:
- Oh Mauro, oh Mauro uê... Se estiveres a ouvir isso é melhor saíres agora mesmo e ir gritar na janela de todos os teus amigos senão todos da tua casa morrerão.
Aquilo, sim, seria bom! Abandonariam os "chats" para espalhar as boas novas nas ruas. Boas novas que anunciam mortes e azares!
Mas também não vou exagerar, totalmente analfabeto não, mas ao menos ser daqueles que soletrasse. Soletrar também só não, tinha que escrever mal também para ficar tipo esses meus amigos do Facebook que só escrevem bem quando fazem "copy and paste" de algo da internet. Com essas qualidades todas, assim que lesse "esse é - se, vê ó -vo, cê é - cê; se vo-cê", pararia logo e diria: Ufa escapei, quase fui praguejado pelo meu próprio amigo!
Só me resta mesmo ficar decepcionado ao perceber que tanto a minha mãe, tanto as minhas professoras da primária me espancaram para que eu lesse inconscientemente mensagens desse tipo. Vou ligar para elas e dizê-las que foram fúteis.

Entretanto, o mais triste mesmo foi descobrir que Angola só está assim porque as pessoas ficam a gastar ajudas divinas para "fatigar" aqueles que leram e não reenviaram as suas mensagens.

domingo, 3 de novembro de 2013

Edição Especial! - 4 Anos no Ar

Oi, eu sou um sincero mentiroso. Foi assim que tudo começou!

Fomos apresentados por uma amiga que tínhamos em comum.
Ela... Ela tinha 1,68 metros de altura, pele lisa, não tinha nem um sinal, acho que nunca caiu; toda impecável. Sua cara era oval, olhos rasgados, lábios volumosos, seu cabelo tinha uns 25 centímetros, era preto; peitos hirtos como um cone, cintura fina, ancas sutis, uma bunda notável e delicada.
Sabia que ela olhava para mim como amigo, não me conhecia ainda como homem. Estava prestes, eu sentia.
Eu era chegado à jogos de sedução. Não me controlava, gostava de me envolver até a cabeça e morrer sufocado. Graças à Deus tinha 70 vezes 7 vidas, tinha vidas suficientes para morrer e ser perdoado na vida a seguir.

Eu não podia, ela não podia, desafio aceite. Eu a queria muito. Já passava a minha língua sutilmente entre os dentes. Esse sempre foi o meu tique quando eu me transformava do que sempre sou ao Boêmio que costumava ser. Isso prometia. Não mergulhava em mares mortos.

Saíamos que era uma coisa louca. A nossa relação nunca foi sexual. Gozávamos de uma química fenomenal que se intensificava a cada dia que passava, principalmente quando dançássemos. Mais ninguém dançava com ela, mais ninguém dançava comigo. Nas festas éramos os dois. Tínhamos vontade de lavar as nossas jeans à seco como se estivessem sujas. Ríamo-nos muito disso. Nos esfregávamos sem maneiras.
Eu gostava de desportos radicais como skydiving, bungee jumping, cliff diving; gostava de coisas que acelerassem os meus batimentos cardíacos.
Ela tinha um óptimo senso de humor, uma vontade de viver que era contagiante, era inteligente, tinha um sorriso lindo, porém quando ela deixasse de sorrir, parecia a pessoa mais séria do mundo. Ela dizia gostar das mesmas coisas que eu, mas a distância. Talvez fizesse um dia, mas não era algo que procurasse avidamente. A ideia de correr riscos a fascinava muito, talvez por isso, a minha companhia era agradável.

Após mais uma das nossas noitadas, deixei-a em casa. Vi-lhe andar. Os vários seres em mim babavam a cada passo que ela dava em direcção a porta. O Boêmio tinha que gritar. Gritou que gostava muito de a ver andar. Ela sorriu; aquele sorriso que para uma mulher tinha muito significado e que para um homem era uma página em branco. Desejava-a por mera demonstração de masculinidade. Não suportava ver uma beldade caminhar pra longe de mim. Infelizmente eu era um bom mulherengo.

Mudança de planos. Decidi esquecer aquela amizade. Iria atacar. Comecei então a demonstrar o que achava ter de melhor. Escrevi para ela, dancei para ela, discursei sobre a minha visão distorcida da vida, chamei-a em casa, cozinhei e servi tudo na mesa. Tudo isso só para a ter na cama ou no sofá. Meu ego disparado dizia: - Ser bom "nê" bom.

Nos beijamos, nos beijamos e nos beijamos. Não houve cama. Só beijos. Eu beijava aquela boca com tanta entrega, mas tanta entrega que eu queria que aquilo chegasse até a alma dela. Queria atingir o coração e o "subcoração" dela.
Como sempre, levei-a para casa, vi-lhe caminhar. Saí daí dando pulos de alegria. Pensei nela toda a noite. Ligava só para dizer que a música "x" ou "y" faziam-me lembrar dela. Voltamos a estar juntos uns dias depois. Ela veio bem descontraída, com um daqueles vestidos que tocavam os calcanhares, destacavam a suavidade dos seus contornos, e abanavam a cada brisa de vento.

Era suposto ser mais um dia normal, mais um dia em que eu iria ter o que sempre desejei. Um homem, uma mulher, uma cama. A única diferença é que naquele dia não havia luz, o presente de sempre da EDEL.
Eu até queria puxar energia, mas ela disse para não perder tempo com isso e chamou-me para o quarto.
Mandou-me beijá-la. Obedeci, atirei-a contra a parede e a apertei na cintura. Beijo forte de arrancar os lábios. O coração dela acelera rapidamente a medida que ia cheirando o pescoço dela como quem precisasse de ar, o cheiro dela era entorpecente, mais convidativo até que os seios. Dois dedos e oops... Tirei o sutiã e a roupa dela começou a voar.

Ela deixou-me pintar o seu corpo só com as mãos, descer até ao vale, escrever sobre a sua intimidade só com um dedo borrado de tinta, fotografar sua silhueta só com a língua e cantar o aroma da sua presença só com o olfato. Estávamos naquele quarto escuro, ela estava posicionada na perpendicular formada pela parede e o armário. Minhas mãos massageavam os grandes lábios enquanto preparava o indicador e o dedo do meio para introduzir. Calmamente introduzi os dois dedos e fazia movimentos para tentar tocar o osso púbico a partir de dentro. Ela parecia gostar. Joguei-a na cama em meio a tanto beijo, e disse-lhe que não havia ar-condicionado, logo, eu iria soar muito. Ela disse-me que era esse o seu objectivo. Agora sim, dançaríamos de verdade.
Mandou-me levantar e ligou a lanterna do telefone. Olhou para mim e disse:
- Tu precisas ver bem o que estás prestes a fazer.
Voltamos ao roça-roça, lá estava eu a ler os mamilos dela em braille. Pedi-lhe que poetizasse. Ela fê-lo. Segurou no que eu tinha de mais excitado no corpo e conduziu-no até si.

O que poucos homens notam, é que a verdadeira sedução começa depois da cama. Pois ter não é fácil, mas manter a expectativa alta e não desapontar, é muito difícil!

Ficamos na conversa, falei bwé sobre mim, sobre a minha repugnância para o que chamam de sociedade conservadora.
Entretanto, quando ela se vestiu, já não era minha. Claro que não era minha. Ela tinha namorado. Tinha que voltar para ele. Até dentro do quarto o beijo era da bochecha. Por mais auto-consciente que eu fosse, essa cena me destruía. Eu já não sabia se era o meu ego que se rebentava ou um sentimento amoroso que se corroía de ciúmes.

Fomos tendo os nossos "vem," até o dia em que houve um vai, com medo de sermos descobertos por sei lá quem. Com medo de darmos bandeira, com medo de não termos resposta para a infame pergunta que quer sempre saber quando isso tudo vai acabar.
Quando ela me disse que tínhamos que parar, eu disse que sim, e que respeitava tudo. Na verdade eu queria lhe voar no peito, mas que desacato é esse?! Só que mantive a calma. Deixei-a partir.
Uma semana e não aguentei. Eu e os meus vários seres queriam ela de volta.
Eu acho que me apaixonei; ou não... Se calhar é só o sentimento de rejeição.

Mandei lixar tudo e forcei um regresso.
Voltamos!
Soube tão bem, mas tão bem que eu deveria ter sussurrado logo ali que eu a amava.
Regressamos aos nossos encontros secretos, ora diários, ora semanais, ora mensais mas nunca anuais. As coisas já andavam pelo pescoço, eu sentia que mais tarde ou mais cedo isso tudo iria chegar até aos meus orifícios nasais. Acho que vou morrer.

Fui à casa dela jantar. Eu já era conhecido pelos pais e a irmã menor com quem ela morava, portanto foi um ambiente leve e muito agradável. Divertimo-nos muito com as conversas. Após o jantar, ela disse que iria à cozinha fazer um bolo.
Minutos depois, ausentei-me da sala e fui ficar com ela na cozinha. Entrei, e encontrei-a fazendo a massa do bolo no balcão. A cozinha estava relativamente mais quente que a sala, porém, mais iluminada... Ela viu-me e disse:
- Pensei que fosses ficar na sala com a minha família. Não achei que fosses ter coragem de vir até aqui.
- Tu bem sabias que eu não demoraria a vir. Dá-me prazer estar onde tu estás.
- Foi muito bom ter-te aqui para jantar.
- Pena que não fui eu quem serviu a tua comida, pena foi mesmo não ter sido no quarto.
- Jura?! Era isso que tu querias?
- É isso que eu quero. Eu quero ser seu mordomo, servir-te todos os dias. Me oferecer à ti em todo o canto que pisarmos. Eu, tu e o nosso desejo.
- Pára, antes que te percas nas palavras e...
Enquanto ela falava, eu reparava atenciosamente nos seus olhos, nos seus lábios, na sua roupa. Estava um pouquinho suja de farinha mas mais sensual do que nunca. Vestia uma blusa preta, uma saia vermelha até ao joelho e estava sem sutiã. Seu cabelo estava solto. Fechei a porta da cozinha de forma silenciosa. Caminhei em direcção à ela. Posicionei-me atrás do seu corpo e o meu pênis excitado encaixou-se no intervalo das suas nádegas evidenciado pelo fio dental que ela vestia. Respirei forte no ouvido dela. Ela apenas apertou a colher que segurava. Seus braços estavam arrepiadíssimos.
Disse-lhe que durante o jantar eu não parava de pensar em beijá-la, que queria muito passar a minha mão na coxa dela, queria cheirá-la toda, tal como estava a fazer naquele momento, cheguei a pensar que ela não fosse permitir que lhe tocasse.
Aquele cheiro doce de floral oriental, com essência de mandarina, bergamonte e pêra me desconcertava. Eu sabia que ela havia posto propositadamente. Era o perfume que eu mais gostava.
Aos poucos, minhas mãos subiam os braços arrepiados em direcção aos seios. Dividi os seios em cada mão, prensei o corpo dela ainda mais sobre o meu corpo. Beijava o pescoço dela lentamente, virei-a. Agora nos olhávamos frente-a-frente. Ela tentava resistir, com medo de que alguém entrasse. Ela não parava de olhar para porta, suas pernas estavam bambas, as suas mãos estavam suadas. Ajoelhei-me, coloquei a minha cabeça dentro da saia. Beijos e carícias aumentavam de intensidade a medida que eu subia a parte interna das suas coxas em direcção ao períneo. Baixei aquele fio dental azul que bloqueava a minha passagem para o prazer. Respirei fundo, sua vagina se expunha levemente húmida. Eu desejava tê-la aquosa. Afastei as pernas de forma delicada, ela inclinou a sua cabeça para trás como se não quisesse ver o que estava prestes a acontecer. Minha língua abandonou minha boca e tocava suavemente o clítoris em movimentos circulares e repetitivos. As mãos que há uns minutos atrás resistiam e travavam o meu avanço, agora cediam, seguravam a minha cabeça mostrando-me o caminho certo à medida que eu tornava-me mais ávido. Sentia uma sede enorme em dar-lhe prazer. Ela mal gemia, mal respirava, seu estômago contraía-se involuntariamente, os pés não se mantinham firmes no chão.
Empurrou-me para longe forçando a parar a tortura a que lhe submetia, deu-me as costas, apoiou a mão esquerda no balcão, baixou a cabeça, esticou totalmente os braços afastando o corpo da pedra, abriu as pernas, a mão direita que estava solta agarrou e levantou a saia; sua cabeça virou-se para trás e com um olhar de demônio ordenou-me:
- Devora-me!
Nunca senti tanta pressão em toda minha vida. Meus batimentos cardíacos aceleraram, meus lábios secaram
Baixei ligeiramente a calça, coloquei a camisinha, voltei a encostar, penetrei-a. Era totalmente diferente de tudo que já havia provado.
A mão que segurava a saia, agora agarrava o meu rabo, suas unhas arranhavam as minhas nádegas, uma das mãos pegava a cintura dela para não sair do ritmo, enquanto a outra mão puxava o cabelo.
Ela deveria conhecer alguma técnica tântrica, a forma como me chupitava era fenomenal. Tive um orgasmo violento e mal podia soltar um som. Deixei uma das minhas vidas aí. Eu era dela.

Nos recompusemos, nossas caras de culpados não saíam do chão, silêncio total. Nos olhamos por alguns segundos e quebramos aquele gelo com sorrisos.
Bem no meio do nada, ela disse:
- Tu sabes o que é acordar e querer logo te ver? Tu sabes o que é ter vontade de ligar para ti a toda hora e não poder? Tu sabes o que eu sinto quando te ouço? Não sabes! Não sabes, mesmo.
Confesso que eu não sabia. O sentimento que me parecia ser tão certo há pouco tempo, estava acobardado. Naquele instante, eu que sempre soube o que falar, mal conseguia pronunciar uma vogal sequer. Minha boca pesava uns tantos quilos. Meu olhar vazio atravessava o corpo dela. Ela apanhou-me totalmente desprevenido.
O que é que tu realmente queres de mim, ela voltou a perguntar. E eu, com aquela cara de bobo, apenas voltei a me aproximar e tentar um beijo que ela gentilmente evitou. Eu me senti em palcos de aranha. Era como se a água que eu tinha na mão estivesse a se escapar.
Tu não queres nada comigo, ela continuou. Tu apenas queres-me aqui para vivermos aquilo que tu chamas de fortes emoções.
Eu juro que ela estava a falar à toa. Eu só não respondia porque as minhas respostas não eram convencionais. Não era nem justo eu dizer ali que eu amava muito a minha namorada também. Sentei-me e não mais abri a boca até o momento em que fui-me embora.

Desde esse dia que os laços dela com o namorado parecem ter se reforçado.
O meu lado sensato questionava os meus objectivos. Eu acabara de conhecer a maior consequência de se envolver com uma mulher comprometida. Depois de tudo ela voltaria para ao que ela chamava de seu. Apesar de não ter isso nos meus planos e pregar a liberdade sexual, eu queria que ela me chamasse de seu, eu queria ela fosse minha. Que levantasse da cama húmida de suor, desfilasse sem folhas só para mim, destituída de qualquer pudor. Mas não, ela levantava-se, vestia, beijava meu rosto, e voltava para o seu. Havia momentos em que me perguntava se eles não estavam embrulhados nos lençóis. Utilizava o máximo da minha capacidade de imaginação para saber quantas vezes eles iam para a cama quando estivessem juntos. Será que com ele tudo também era assim tão baixinho, tão bom, tão sacana? Meus pensamentos não se calavam. Eu estava a ficar paranóico. Queria questioná-la sobre a ternura que ele demonstrava ter, queria saber o quanto ele se entregava, o quanto ele reparava em cada detalhe, será que ele sabia que preto era a cor que ela mais gostava nas suas lingeries? Será que ele começava sempre pela manga e só depois ia ao prato principal? O que é que lhe mantinha tão ligada a ele?
Só que eu não queria as respostas. Eu não queria ouvi-las. Eu nem queria saber de nada. Eu...

A cada instante sentia saudades do perfume dela, a boca dela tinha um aroma especial. Meu mal, talvez, foi fixar-me nos detalhes. Tinha ar de santa, mas jamais foi canonizada. Eu tinha tudo aí na minha cabeça. Aqueles pensamentos fantasmas que a colocavam nua a minha frente e deixavam-me visualizá-la a ser tocada por ele, moíam-me intensamente. Eu não queria que ela termine o que era seu, eu também tinha a minha. Só que aqueles olhos rasgados espalhavam carinho. Aos poucos sentia-me sufocar. Ela só poderia ter nascido com algum feitiço, melhor, ela tinha o feitiço no meio daquele corpo, algures naqueles membros, ela tinha uns lábios que quando chupasse... Chupasse os meus lábios, eu perdia a sanidade. É que tanta ternura deveria ter fel; tanta maravilha deveria ter algum desencanto. Eu sabia? Nem sabia. Já nem sabia. Não era uma mulher comum, ela estava disposta a acabar com as 70 vezes 7 vidas que eu tinha.
Eu poderia até suportar não estar mais com ela tanto quanto eu queria, só não suportava estar a perder terreno para aquele à quem ela dizia amar mais.

A melhor solução então foi parar de delirar ou até mesmo fantasiar e voltar à minha. Aquela a quem eu realmente pertenço.
Com ela eu sentia-me amado. Era como se agora eu soubesse bem o quanto a minha namorada minha amava. Eu sempre tentei não misturar os dois mundos nem perder o foco que tinha sobre a nossa relação. Eu me empenhava mesmo a manter tudo tão bem. Entretanto, devido os dissabores dos últimos dias redobrei a minha atenção.
Sempre gostei de fazer surpresas inesperadas.
Naquele dia, liguei para a minha namorada e disse que estava a chegar. Ela ria-se de alegria, não conseguia esconder a sua excitação. Perguntou-me onde iríamos. Disse-lhe apenas para se preparar.
Cheguei, gritei assim que entrei para a sala. Do fundo, sua voz mandou-me sentar. Era uma tarde friorenta, bastante cinzenta, o céu estava carregado de nuvens, o clima era bem mais do que propício para ficarmos agarrados. Enquanto esperava, decidi jogar um pouco de Candy Crush no telefone dela que estava na mesa. Eu não era mesmo um grande jogador, mais provavelmente iria perder todas as vidas. Ela, como sempre, demorava que era uma coisa doida. Jogo vem, jogo vai e cai uma notificação. Farto de estar a perder, decido me entreter vendo o que havia chegado no telemóvel. Era uma mensagem. Abri e dizia o seguinte:
"Baby, gostaste das rosas? Não vejo a hora de voltar a ver-te."
Inspirei ar, expirei dor! Mas dor mesmo. Meu coração não batia, pulsava. Parecia ficar parado alguns segundos antes de voltar a se mover. Sentia calor apenas no pescoço, os músculos esternocleidomastoideos se contraíram. A força que eu tinha não era suficiente para segurar aquele aparelho; estava a pesar uma tonelada. Pousei o telemóvel, e tirei o meu para ver se eu não havia mandado aquela mensagem por engano. Não era mesmo eu! Só Deus sabia como eu queria desmaiar.

Ela espreitou e disse:
- Venho já!
Só consegui concordar enquanto olhava o chão. Eu estava pálido. Meu lado pré-programado dizia para deixá-la, chamava-me de frouxo. O meu lado analítico dizia para manter a calma, afinal eu era um boêmio e sincero mentiroso, não tinha razões de deixá-la partir. Sinceramente, o cocktail de sentimentos que eu tinha me avisavam que se eu a deixasse, eu iria falecer.
Agora sim tínhamos festa!

Mas deixem-me antes contar como tudo começou entre eu e a minha namorada:

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Tráfego Aéreo

Estudar, estudar
Para ser piloto
Estudar estudar
Para poder voar (x2)

Essa música fez tanto sucesso há 18 anos atrás que criou um movimento único. Meninos e meninas cresceram estudando e sonhando com a possibilidade de ser piloto, de ascender, de voar. Só que visto que os meninos são pilotos, seria muito feio e pouco elegante chamar as mulheres de pilotas. Mais discriminante ainda seria chamá-las de pilotos. Bem, com tudo isso em mente, surgiu então a legião das voadoras. As voadoras estudaram, estudaram e agora estão a voar. Voam pelas universidades, para Windhoek, Cape Town, Dubai, Rio de Janeiro, Miami, Lisboa, Paris e acima de tudo voam no peito dos "frágeis" moços e senhores que têm dinheiro. Comumente conhecidas como as uaiáaaa; elas são muito discriminadas pela sociedade, coitadas das moças, todas inocentes e virgens, tendo que se esconder das pessoas para que não sofram represálias provocadas pela nobre actividade que praticam para ganhar a vida.

Raras são as pessoas que se dirigem à elas com o intuito de lhes aconselhar, são só pedras para cima dessas amáveis pinadoras e pukadoras que nada mais fazem senão alegrar os dias tristes daqueles que têm a massa. Mas porquê tanta maldade? Porque razão são assim tão incompreendidas? Será que são génios?!

Só que existem pessoas como nós que estão aqui para ajudar a aumentar o lucro daquelas que dão o seu suor para ver o mundo que lhes rodeia feliz. Vocês sabem que sem elas o Instagram perderia muitos usuários por falta de abastecimento de matéria-prima para o fabrico de fofocas.

Pois então, amadas voadoras, nossas uaiás da Ilha, Vamos Lá prestar atenção e entender o que vou aqui dizer já que decidimos Ser Sinceros:

Tenho notado constantemente que parece ser uma prioridade vossa tratar visto de permanência para um posterior golpe de estado em peitos que vocês voaram só assim "por acaso." Não, não, não, não e não! Não façam isso. Isso é um erro muito comum, principalmente no meio das principiantes e aprendizes de pilotagem. Minha santa... ATT: Num brinca cô a vida!
Lembrem-se que vocês estão a cantar:
Bolinha no pé
Bolinha na mão
Bolinha que rola no pé do João


Ou seja, a bolinha tem que rolar. Nada de querer segurar a bolinha e ficar com ela de vez, ou assumir o "kota" de tudo ao ponto de te tornares a mãe grande só porque te deu 7 mil dólares para comprar saldo. Pois o que vocês não sabem é que esses "kotas" não largam nada na "mamoite". Em casa, a mãe grande tem que implorar para lhe "darem lá um cadinheiro para comprá" rebuçado. Logo, se te tornares a número 1, ao contrário do que pensas, as viagens não triplicarão. Ele vai arranjar uma nova pequena, que se for inexperiente o suficiente também tentará te derrubar. Por isso, evite.

Se a tua presença não for notada pela mulher dele, as chances de veres o teu salário aumentar são cada vez maiores, ele irá te recompensar com ossos para manter o seu cão feliz.
Não visualize muitos "kotas" ao mesmo tempo. Foque-se apenas em um. Como uma grande caçadora de prémios, deves abater um por um. Essa profissão exige juízo.

Nada desse absurdo de andar atrás de um miudinho que tenha dinheiro. O dinheiro é do pai. E eu até não estou a aconselhar-vos o pai pelo facto de ser o detentor e distribuidor das verbas, mas sim, porque são mais burros que os filhos. É muito rijo tentar fisgar o filho, é muita caçadora atrás daquele prémio. Pergunte nas veteranas que já "rocharam". Fiquem atentas, filho não! É só desperdício de tempo, estratégia e dinheiro.

Como qualquer funcionário da função pública, o salário nunca chega pra nada. Portanto, faça sempre uns "biscatos" com o "kumbú" que te dão. Tire uns 20% ou quê porque esses "pacólogos" (homens que estudam a "paca") quando acabam o relacionamento têm tendências a receber algumas coisas. Se descobrirem que andaste a te divertir com mais alguém... Já sabes... Então, faça sempre um pé de meia para não ser apanhada desprevenida. Não abra uma conta com o teu nome porque os nossos bancos não primam pela confidencialidade. Tens que "jikulumessu", esses kotas são bandidos, tu tens que ser a artista.

Com o passar do tempo, pensem em investir nas bolsas de valores. "Num" é só viajar, ir à Zara, à Michael Kors, à Cavalinho, tirar foto de comida e publicar bunda na tela do meu telemóvel. Abram os olhos, eis aqui um bom link para entenderem um pouco sobre assunto:
As vantagens de investir na bolsa. Caso haja qualquer dúvida sobre como rentabilizar o seu dinheiro, não hesitem em me contactar.

Minhas queridas, não se preocupem com o que o mundo diz. Vocês só suprem com serviços de qualidade a demanda daqueles que nos criaram... Os nossos antepassados!

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Game Over

Bom dia para vocês. Para vocês porque para mim os dias andam maus e só têm piorado. Se as coisas continuarem assim, creio que serei obrigado a fechar o blog. Apesar de muito esforço, não tenho registrado melhorias no comportamento dos meus irmãos. Cada dia que passa sinto que eles estão disposto a matar a imagem do que um homem deveria ser mas antes de matarem estão a violar essa imagem.

É incrível como o número de homens que não sabem chegar perto de uma mulher só tem aumentado. "Approach" da porcaria. É horrível a performance desses indivíduos no 1 para 1. Abrem a boca e a dama até acharia mais graça se sentisse um bom mau hálito do que ouvir o monte de baboseiras que falam. Só impressionam pela negativa, mal conseguem prender a atenção de uma mulher com neurónios. Assim não dá!

Eu não vou me debruçar sobre a forma de vestir porque os que mais dão "bandeira" são os que vestem-se em condições. Boa pausa, bom moço, mas quando chega perto estraga tudo. A dama se pergunta:
- Mas abriste a boca porquê? Não podias continuar calado?

Pois agora os bonitinhos e os "grifadores" de plantão começam a se perguntar:
- Mas "anssim tão" ti Mauro, se "cô ropa num tá dá; vamo fazê comé?"
Caros amigos, Vamos Lá Ser Sinceros!

A aparência te coloca na grande área. Entretanto a boca é que faz o golo! Essa é uma regra que deves ter anotada ou tatuada no seu cérebro. Aparência para aproximar, conversa para matar!
O objectivo é ela, mas antes de atingir o seu objectivo é necessário que você se compreenda. Analise e liste todas as actividades que praticas. Quais delas mais gostas de fazer? Quais actividades gostarias de fazer? Quais são os sítios que gostas de frequentar?
A tua cabeça nesse momento te impede de responder com exactidão as perguntas acima elaborada, estás a se sentir macho demais para tal, mas lembre-se que por não saberes o que fazes, dependes das "falidas" que as damas te dão. Até hoje não consegues pegar aquela mulher que tanto queres ou o tipo de mulher que sempre desejaste. As coisas seriam mais fáceis se fossem apenas mulheres, mas não; há angolanas envolvidas no assunto. Por isso, "game on", atenção à explicação. O objectivo dessa lista é ajudar-te a construir uma imagem ou personagem mais interessante e envolvente do que tu. Alguém que saiba contar e falar sobre si com entusiasmo mas sem atrapalhação alguma. Tudo que fazes pode ser percebido como algo muito atraente e bom de se fazer desde que mostres paixão na hora de se expressar. Aprenda, podes até falar de ti, mas não se emocione. Você não quer se atrair, por isso, vire as atenções à ela. Mostre que apesar de fazeres muitas coisas interessantes, tudo que ela faz parece mais encantador. Não seja lambe-botas, por favor. Fazer parecer, não precisas dizer que é encantador e coisas assim. Prima sempre pelo subliminar.

Desde o momento em que decides avançar para conhecer uma mulher, vá com confiança e mostre auto-estima. Se for uma angolana, vá com alguém que já a conheça e finja estar nem aí. As angolanas tendem a banir de imediato homens que mostrem muito interesse; é como se fosse um cão que chegasse aos pés dela já babando. Tu tens que ser aquele cãozinho fofinho que não quer nada com ela.

Após conhecer, os palhaços têm pela mania de se lançar já com elogios. Toda a hora ah porque tu és bonita, ah porque te gostei, ah não te vi e quis muito te conhecer. Mas oh seu burro de meia tigela, se estás aí a falar com ela ou procurando uma forma de falar com ela, ela já sabe que lhe achas bonita e que quando a viste quiseste lhe conhecer. Isso ela ouve todos os dias daqueles que elas chamam de Grupo do +1. Tu, e note que eu mudei de você para tu... Deves passar o mais longe possível do +1, logo tens é que saber o que todo "buazeza" fala para que tu não fales. Entenda a jogada dos outros para criar as tuas. Então, vais me perguntar:
- Assim vou lhe dizer o quê?
- Diga-lhe que por um triz saíste por aí falando lixo de tão atrapalhado que estás. Se ela sorrir e mandar o "porquê"... Game on. Dê uma resposta que não convença para manter a conversa acesa mas atenção! Converse sempre com a mente atenta aos ganchos (tipo de dicas que puxam outra dica), não fale de algo até acabar. Varie! Se ela continuar blindada (típico das angolanas), recolha o número e retire-se do lugar. Game over! Continue um outro dia.

Ao telefonar, nada de começar a falar de saudades e palhaçadas que tu não sentes. Seja breve, diga que ligaste apenas para que ela gravasse o teu número e que ainda estás com medo dela, pois ela tranca muito a cara. Se quebrar e rir, game on. Se continuar insípida, game over. Evite mandar sms logo de primeira. Não faça isso. A não ser que ela não atendeu e tu mandaste uma mensagem com o teu nome apenas.
A tua missão número 1 é arrumar um encontro 1 para 1. Entretanto isso não pode ficar patente nas primeiras conversas. Leão com as garras fora assusta a presa (embora sejamos presas das mulheres). Mantenha sempre a calma. Vá falando com ela até ganhar confiança para tal. Não se preocupe que ela vai fingir que não sabe que é essa a tua missão. Se fores directo ao pote, serás +1.

Eu poderia continuar com esse texto, mas dependerá do feedback que terei para decidir se continuo mesmo ou se deveria continuar em forma duma brochura ou um mega texto com mais detalhes sobre assunto. Pois só estamos a coçar a superfície!

Mas verdade seja dita: As irmãs têm razão de estar solteira. Vocês não são cativantes. Dicas "fatelas" desde manhã até a noite.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Força da Gravidade

Reza a lenda que Isaac Newton tentava compreender o que mantinha a Lua no céu e objectos presos à superfície do planeta quando viu uma maçã cair no seu pomar, e como que num passo de mágica, compreendeu que essa mesma força confere peso aos objetos e faz com que caiam ao chão quando são soltos no ar:
Creio que depois dessas declarações, fica mais do que límpido que Isaac Newton foi um grande intrujão ao escrever as suas memórias. Ora bolas, todo mundo aqui sabe que sempre que a maçã fica no hipoteco, há uma mulher envolvida no assunto. Obviamente que neste caso não seria diferente. Recorrendo aos velhos livros que contam a verdadeira história da humanidade, deparei-me com o que realmente sucedeu naquele dia.
Isaac Newton estava sentado num muro a apreciar as "kandumbas" mais lindas e arrogantes que desfilavam pela rua, quando de repente ele observa uma moça que outrora fora considerada como a mais boa da rua totalmente rebentada. Foi um choque tremendo, aquela visão deixou-lhe muito consternado. Mão esquerda na cabeça, mão direita no peito, um minuto de silêncio! Como? Como? Mas como é que isso foi possível?! - Indagou-se, indignado.

Porém, por ser o grande cientista da rua de Benguela, aí no São Paulo, o pessoal não parava de pedir que ele fizesse um estudo sobre o caso da jovem que minguou. As más bocas empurravam para feitiçaria e outras mais maldosas ainda para abortos. Ninguém conseguia dizer exactamente do que se tratava. Foi assim que após muita observação e testes físicos, o grande Isaac percebeu que existia uma força muito forte que empurrava tudo para baixo. Sim, essa força não era "pemba", nem "xidi", mas sim, 9,8 metros por segundo ao quadrado multiplicado pela massa do corpo que após de muito tempo actuando acaba deixando tudo grave ao mandar certos elementos para o chão, daí o nome força da gravidade! E meus caros amigos, acreditem; naquela era, tudo era mais grave pois não existiam sutiãs nem leggings. Caiu, caiu, "num" tinha mais solução senão voltar a ser humilde.

E é "memo" aí onde começa a "sassassa". Enquanto possuíam aquela beleza exagerada e curvas muito acentuadas; daquelas curvas que mesmo a 10 Km/h o carro capota; elas simplesmente comportam-se como se o mundo não fosse acabar, como se não pisassem no chão, como se Luanda não tivesse poeira, como se não acordassem com ramela, como se não peidassem, como se não houvesse 9,8 metros por segundo ao quadrado de aceleração a empurrar tudo para baixo. É só dar show e "má" nada.

Venhamos e convenhamos, não existe melhor paisagem nesse mundo do que ver uma dama que era toda boa e voluptuosa simplesmente rebentada. Não existe! É tanto prazer, que a pessoa tem que se pôr à pau para não acabar tendo um orgasmo no meio da rua. Me desculpem então se estou a ser malvado mas Vamos Lá Ser Sinceros!

O universo inteiro sabe que dama boa só ganha juízo quando fica podre.
Muitas que hoje ostentam essa opulência, receberam dos tios que não pertencem à sua árvore genealógica. Cá entre nós... Podes até se "matá cô" ginásio, muito agachamento. No entanto, nada resiste à gravidade. Nada! Achas mesmo que o "kota" vai continuar a sustentar alguém que precisa sempre ir à recauchutagem para poder circular? Não se esqueçam que burro velho gosta de capim fresco e hoje em dia até as sementes estão a ser recolhidas como se fossem grandes vegetais. Os produtos estão a expirar mais cedo e você não é de ferro para não curvar. Cinco à sete anos no mercado e idade "inda num" veio mas o corpo já deu "lengueno". Aí sim, começam a pensar no futuro, em querer escolher bons homens, em ir para escola, ser competente, bem educada, respeitosa... Quer dizer, agora que chuparam todo o caroço querem vir com conversas de que a vida não está fácil. Ao invés de fazerem-no durante o auge, não! Só sabiam "brincá cô a vida!" Quando "inda" havia corpo, "muzumbu" já "né muzumbu", bem esticado; só "bumbava" com memória RAM, te conheceu agora mas uma hora depois já te esqueceu. Ah porque não dou confiança à qualquer um. Agora que rebentou, até já passam na rua cumprimentando as pessoas pelo nome. Pudera, já diz o grande ditado: Quem te viu, não te quer ver mais!

Há muitas irmãs lindas por aí que se esquecem que não existe proveito na beleza se não houver inteligência. Vou dar-vos um conselho, vocês poderiam muito bem continuar a fazer o que fazem, mas abram mais os olhos para o que vos rodeia. Abram empreendimentos se puderem. Finjam ao menos humildade; se outras coisas costumam fingir para agradar, humildade "memo" é que não? Nem que depois de nos cumprimentarem, sorrirem, andem uns metros e cuspam no chão. Não é bom ter o mundo inteiro conspirando contra vocês. Esperando pelo dia que deixem de ser aquela lua cheia e passem à minguante. "Num" é porque às vezes, sempre que passares por nós, estaremos todos a apertar seriamente o "dispan-tin-tan". É toda a rua a meter energia negativa sobre os 9,8 metros e sei lá mais o quê que suportas sobre o corpo.

Nós até entendemos que todos te querem e por isso tentas filtrar, só que uma fruta quando cai do pau, não quer dizer que está madura, mas sim que os bichos já andaram lá a picar! Fruta boa e bem cuidada não cai, mesmo estando madura, alguém tem que arrancar.

Não subestimem a gravidade da situação. São 9,8 metros por segundo ao quadrado sobre si todos os dias! Mais tarde ou mais cedo o que subiu, cairá e só te sobrará a humildade perante aqueles que só te querem pisar.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Triângulo das Bermudas

Eu não estou a dizer que sim, nem a dizer que não; mas...
Mas se tudo é relativo porque razão então fazem do amor absoluto?
Porquê?! Porquê que só é amor aquilo que vocês conseguem entender de acordo com os conceitos que aprenderam de vossos pais? Porquê que ainda baseamos o amor à uma imagem velha e arcaica?

Eu não estou a dizer que tem que, muito menos que não tinha que... Mas não custa nada questionar.
Ah porque eu quero viver um amor como o de Romeu e Julieta... Hum... "Shô"!
Jamais! Jamais viveríamos um amor como o deles pelo simples facto de não termos o stress de ver o nosso amor negado pela sociedade, mais forte que a aprovação ou não dos pais é a aceitação da sociedade; e se eles nos aceitam, então que se dane o resto. No entanto, eles tentaram viver esse amor que após ser barrado tipo a maioria das pessoas na porta do Dom Q, tentaram então o extremo.
Eles foram um do outro, não porque era um grande amor que só cabem dois, mas porque o resto da energia que tinham, era para combater os preconceitos daqueles que os rodeavam.

Hoje vivemos a ressaca do que os nossos ancestrais passaram, ainda existem mais extremos, só que agora o bloqueio já não vem da sociedade; está a vir de nós também. Já não temos o stress de nos preocuparmos com a sociedade, agora já é normal ter um parceiro. Ide e multiplicai-vos! Nos dias de hoje que já sabemos contar, queremos antes somar. E isso é um extremo!
Sem a preocupação que outrora os casais tinham, nós temos agora que tentar nos focar apenas em uma como? Uma, como? Eu não estou a dizer que sim, nem que não... Apenas que pensem, só isso, que pensem! Que pensem que tudo pode ser quê?!

Quem ainda não passou pelo que estou aqui a escrever, vai dizer que esse é um grande maluco, vê só isso que ele está a escrever. Quem já passou por isso, vai dar um "hum" e ficar só assim mas quem estiver a passar por isso, vai ler, reler, e se rever. Seja bem-vindo à extremidade. Nem mais um passo para frente que a sociedade julgará. Oh, "maji" a "nsociedade" já "num tava" quieta?! Nisso não.
Esse assunto aqui a sociedade esconde. É da vontade de sei lá quem, ou mesma nossa, ou se calhar de hum. Mas não... O que é meu ninguém toca. O que é teu como? Somos de alguém afinal de contas? Epá, sim e não. Somos quando nos convém amar quem quê?!

Não se ama apenas uma pessoa de cada vez, sei que virão cá me dar chapadas da cara. Mas as mulheres sabem disso melhor do que os homens. E o que mais as deixa confusas, além do facto de terem aprendido que não amamos duas pessoas ao mesmo tempo, é essa sociedade sedenta por julgamentos, ávida em apontar dedos às mulheres e se curvarem aos homens; ham, não... Ela não se curva aos homens, apenas tem problemas de coluna.
Ah porque se isso acontecer você não ama nenhum deles, ah porque se isso acontecer fica com o segundo, ah porque "bonho"! E se os dois a completarem? Você já assim é quem sabe?
Quantos pais criaram filhos que não eram seus? E culpam a mãe?! Será? Será que foi por puro gozo que ela deixou acontecer? Nem tudo deve ser conotado à leviandade. As mulheres sabem que podem amar dois homens ao mesmo tempo, oh se sabem! Só não admitirão, só não perceberão. Apenas as mais velhas irão te dizer que sim, que é possível. As meninas ainda estão, nesse momento, com uma séria crise de identidade sobre o que sentem.

"Memo" assim não xê, isso nunca, mulher com dois? Antes homem com duas! Fiquem calmos que a vida está aqui para te provar que as teorias não valem nada. Os conceitos em que tanto se apoiam, não vos salvarão. Os sentimentos são traiçoeiros e a mente mente!

Vamos Lá Ser Sinceros!
A maior parte, senão mesmo todos os grandes poetas que escreveram sobre amor, aqueles que os seus trabalhos tocaram almas, fizeram do cinema o que é hoje, não tiveram só uma mulher; nem elas tão pouco um único homem de cada vez. Desliguem-se de preconceitos e pensem, meditem e depois joguem no lixo. As mesmas pessoas que gritam alto que isso jamais, são as mesmas que outrora disseram que sexo só depois de hum?! Ham! Já esqueceram, nê? Agora pode! Mas vão dizer que não tem nada a ver... Mentes fechadas!
Não venham cá me dizer que estou a fomentar. Eu sou apenas um, não teria como semear essa terra toda. Eu só estou a dizer que talvez já tenham surgido novos Romeus e novas Julietas que estão a viver no extremo, mas até quando? Não precisamos viver sempre de tragédias. Sempre na esperança que alguém venha e bique o bidom e assim por alguns segundos possamos todos sair de nossos esconderijos para que depois de forma muita rápida e sorrateira voltemos todos para o mesmo lugar.

Essa estória de triângulos amorosos não é nova. Só que também não é contada como deve ser. Nos livros, nos teatros, nos cinemas, um dos elementos desse triângulo é sempre demonizado de forma a desmerecer a(o) parceira(o) para que tudo volte ao padrão que já conhecemos. Muita das vezes os dois merecem tanto ela quanto ela os dois ou ele merece tanto as duas quanto as duas à ele. Um homem e uma mulher mais alguém. Nada mais do que isso. Não que tenha que ser, mas que aceites se assim for. Está bem, não aceite se for contigo mas deixa estar se for com o outro. Porquê que tens que julgar? Até passares pelo mesmo?! Não, já sei... Se passares pelo mesmo dirás que só amas mesmo um. Então porquê que não deixas o segundo sem pensar duas vezes? Oh... Deixaste?! Agora sinta os sentimentos a corroerem-te esse músculo que só bomba sangue, a sufocarem a tua alma e de repente vês-te forçada a voltar a ouvir a voz dele, pelo menos a voz, só para saciar esse desejo que dizes ser nada mais do que uma atrapalhação. Sinta... Como é que podes sentir isso por alguém que não amas? Sinta a coisa a crescer dentro de ti, e tu não podes nem dizer à ti mesmo em voz alta. Tem que prender, e de repente começas a soltar as emoções como se fossem flatulências, desejo enorme transformado em bufo. E tudo o que mais queres é uma explicação, alguém que te diga que isso é normal. Mas eu não posso, vão crucificar o meu blog. É "mbora" bwé normal! Não te assustes!

Vais me dizer que concordas com o modelo actual porque só tinha um Adão para uma Eva. Mas será que a Eva ficaria só com o Adão se tivesse um Pedrão? Será que Adão ficaria apenas com a Eva se tivesse uma Geneva?
Custa tanto admitir que tudo que tu gostas está dividido em duas pessoas? Aquela atracção incontrolável que te faz pecar, ir contra todas as regras que os teus pais te ensinaram com tanto amor e carinho. Não é quê?! É só quê?! Paixão? Então que seja tudo paixão porque amor não apaixonado eu também não quero. É tudo tão envolvente e bom quanto amar apenas um. Ama o que é teu não se meta no do outro.
Temos o hábito de não reler tudo aquilo que já aprendemos. Nós não voltamos a ler aritmética quando já estamos a dominar calculus, não voltamos a ler sobre fotossíntese quando já dominamos o comportamento celular dos organismos clorofilados, então porquê que sempre lêem os mesmos tipos de contos amorosos? Porquê que sempre procuramos encontrar algo de diferente se a maioria fala de apenas um casal e a jornada que os levou a ficar juntos? Todo mundo sabe que se passa sempre algo além. Talvez eu não esteja preparado para o que digo, mas estou preparado para não me meter com quem conseguir viver o seu extremo. Será que temos que ter novos Romeus para velhas Julietas?

Então você dirá:
- Mas eu já passei por isso e não é bom. Na verdade foi bom, foi muito bom e você sabe. Tão bom que agora até parece que não valeu a pena. Só que depois queremos tudo só pra nós, só que depois nos perdemos nos limites estabelecidos com medo de depois sermos julgados, pulamos pra fora do barco depois nada fica escrito e voltamos à velha literatura que manda multiplicar um vezes um na esperança de ter dois.
Sei que a maioria que se identificar com isso não vai nem recomendar. Claro que não. Os que não entenderem farão disso um debate político e religioso só para banir esse tipo de ideias; mas enquanto vocês não forem relativos, meus textos serão absolutos à relatividade do amor. Se é esse o amor que pregam, que não permite excepções, então é melhor não amar. Não quero ser quadrado. Eu quero aquele amor redondo em tangentes infinitas podem ser traçadas vezes sem conta; nem que for um ponto.

Seu namorado se desleixou e ele apareceu... Tem sido o equilíbrio da sua velha relação... Xê! "Num" posso falar assim! Essa parte tenho que censurar, olha os ciumentos e ciumentas que frequentam essas paragens. Desculpa, família! Digamos que se analisares bem verás que ele não apareceu por acaso. Como pode alguém aparecer tão bem e de forma perfeita quando a tua relação já está a esvair de sangue?!

Eu não disse que sim, nem que não... Apenas que deveriam ter uma ideia mais maleável sobre o que é amar... Quantos os outros quiserem ao mesmo tempo... Talvez vocês não estejam preparados! Mas adivinhem só... O teu dia para amar duas pessoas também chegará e tu voltarás cá para ler isso novamente. Se tu estiveres a amar, a essa hora não paras de ouvir um "será" vindo da tua consciência.
Só tenha cuidado ao saltares, porque estarás a entrar em um abismo e talvez seja isso de que tanto têm medo, talvez tal como no Triângulo das Bermudas, no triângulo amoroso as coisas também se perdem, despenham e se desviam sem explicação.

Sei que só quem não passou por isso é que terá a audácia de vir cá comentar, mas... Danem-se! Não falo política, não falo religião, não me proíbam também de falar de amor!

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

A Lei do Macaco

Há quem diga que a diferença entre a mulher e a cobra está na forma como se escrevem os nomes de cada uma e muita das vezes no forte veneno presente na picada de uma mulher.
Não que a cobra seja melhor, só que já vi e ouvi falar de homens que sobreviveram ao ataque dessa linda rastejante; o que não é bem o caso dos ataques femininos. No máximo dos máximos chegaram a ficar um mês em coma, mas acabaram falecendo. Mulher é fatal, se brincares, dar-te-á na "muxaxala", não é atoa que em Eclesiastes 7:26 na Bíblia Sagrada diz que a mulher é mais amarga que a morte. Muito sinceramente, eu gostaria de ser o primeiro a dizer isso, só para haver uma confusãozinha e ver as nossas manas estribucharem-se no chão enquanto "futukam" com a minha afirmação. Mas não é esse o caso, podem até recorrer e negar... Mas eu pergunto, vão contestar algo que está escrito na Bíblia Sagrada?! Eu acho que não!

Muitos seres masculinos saem por aí voando além fronteiras, pastam longe de seu curral procurando por verdes pastos e águas mais frescas, só que quando voltam são sempre apanhados. Não conseguem esconder a satisfação nos seus olhos de que comeram algo bom lá fora.
O que mais vejo são "bradas" a se debaterem:
- Mas assim então ela dá conta como? Eu nem bandeira dei. Fui e voltei, "inda" por cima fingi ter mais fome.
- Eu vos digo, meus caros amigos aflitos: Desde o momento em que assumes uma relação com uma mulher, ela instala-te um electrocardiograma invertido para controlar os teus movimentos. Invertido porque o sinal no osciloscópio só começa a alterar no momento em que começas a fazer besteira. O sistema dela começa a registrar actividades anormais vindo do teu lado. E mais uma vez, você me perguntará porquê; e mais uma vez eu digo: - Porque o homem é monótono!
Assim estás a pensar que ela aceitou-te e namora contigo sem saber os seus hábitos mais comuns? Enganas-te! Estás a ver naqueles momentos em que corrias atrás dela e ela comportava-se mal? Então, mesmo que inconscientemente, ela estava a observar a sua reacção e comportamento quando estivesses insatisfeito e quando estivesses satisfeito. Por isso ela sabe quando você esteve a jogar em outros campos com a chuteira dela, pois, os homens têm pela mania de não dar mais a mesma atenção que outrora sempre deu. Para o azar dos homens, isso tudo acontece de forma inconsciente, não é intenção de muitos dar bandeira, só que são traídos pela natureza. Eles ficam ali todos armados em que o electrocardiograma não está a anotar nenhum dado oficial, "afinale" a memória do osciloscópio já está cheia. Devemos aprender a ser aleatórios, môs irmãos. Tipo assim, estão a dormir e lá "pras" três da manhã tu acordas só para ir lavar o carro, diga que queres ir correr aquela hora na Marginal, compra uma bateria viciada para poder desligar o telefone a vontade. Observe-se e entenda os seus hábitos para depois quebrá-los porque elas fazem isso connosco! Estás a ver quando ficas muito mau e dizes:
- Eu até nem sei porquê que ela está a fazer isso, ela não é assim, mas também nada está a se passar... - Lembre-se que ela está a ser só aleatória por desporto, para baralhar a tua mente, para quando ela agir de forma estranha se tornar algo natural. Então, não podemos ficar só aqui assim a chupar ranho. Temos que variar também!

Por isso é que as mulheres nunca são apanhadas de surpresa. Por isso é que elas sempre nos apanham de surpresa! Nunca vais encontrar uma mulher a chorar e a se lamentar que foi trocada, ou a relação terminou e ela não deu conta que as coisas andavam estranhas. Digo e repito: - NUNCA! Elas percebem, apenas ficam a espera dos próximos capítulos, sentadas num cadeirão e curtindo as fortes emoções do capítulo actual, sem perder nada.

E é exactamente nisso em que as mulheres se destacam! Se os homens não conseguem comer um bife, limpar a boca em um guardanapo, comer esse mesmo guardanapo, beber água e mastigar dez mil mentóis para disfarçar o hálito; as mulheres já chegam no mercado equipadas com um sistema anti-sujidade que lhes permite comer o que quiserem sem sequer necessitarem passar um guardanapo na boca. Entretanto, elas ainda assim, limpam-se com guardanapos, trituram os guardanapos, queimam os guardanapos, e mandam as cinzas para o mar; como quem diz: - Se você é "memo" homem, vai lá buscar! E isso, nós "num temo" nem um pouquito!

É que Vamos Lá Ser mesmo Sinceros:

Devido essa sutileza genial, esse deslizar em matas sem fazer barulho, esse entrar e sair rápido, esses ataques rápidos das mulheres; é que prendem e matam os homens. Por isso é que os homens quando são trocados ou deixados são apanhados nos cantos choramingando. Raramente encontrarás um homem que deu conta que a chapada, a "mbenda", o "acarque", a picada estava a caminho. E mesmo os que dão conta, não acreditam na sua intuição. Por isso dizem que os homens não aguentam um embate do género, não é bem assim; eles até aguentam só que não costumam ver o camião a chegar antes de serem atropelados. E isso acontece porque a mulher sabe aplicar a Lei do Macaco como quem respira ar puro... Tudo muito natural.
É que se o relacionamento fosse um barco em alto mar (tipo esses que usamos para atravessar o Mussulo), a mulher sentiria sempre a água a entrar quando o homem estivesse a zanzar. Ela começaria a sentir a água a molhar os pés dela e olharia para o seu electrocardiograma e esperaria pelo momento em que o barco afundasse enquanto se precavia para o desastre. Já no caso dos homens não! O barco está a navegar bem, tudo em dia e ao trazeres o "matabicho" na cama de repente o barco rebenta, estás na água e ela num iate! E o mais importante disso tudo... Num apanhaste nada! Aquilo "caté" é só já "shô", para o teu azar o outro é melhor que você.
Sim, assim "memo"... A Lei do Macaco mostra-nos que uma mulher nunca salta em um galho que ela nunca agarrou antes. NUNCA! Tanto a mulher quanto o macaco, se vão largar o galho anterior é porque ambos sabem que o próximo suportará o seu peso, porque se não suportar, podes ter a certeza que ela continuará no seu barco sem deixar entrar um pingo de água enquanto testa o motor do novo iate em que ela pretende saltar. Nenhuma mulher na face da terra deixa o seu namorado ou marido para ficar com um homem que ela não tem certeza que seja melhor, que a vai assumir e que acima de tudo poderá dar-lhe mais... Nenhuma faria isso. Esse tipo de burrice é característica nos homens. "Num" tem nada garantido mas está a se espalhar já bwé, você que nem é melhor que o actual. Se te deixou e em menos de um ano e seis meses arranjou outro, lamento informar, mas durante o vosso relacionamento as negociações estavam a ser feitas. Claro que elas aprenderam com os erros daquelas que acreditaram em promessas e se deixaram levar. Eis o motivo que as faz agora enrolá-los e torcê-los todos os ossos para depois dizer subliminarmente:
- Podes ir para a tua namorada! E aí, já estás todo envolvido, mergulhado e embebido de veneno... Não vais! Ficas! Ela também aí já tem a certeza que o teu galho vai suportar o peso dela se ela saltar e/ou largar o galho anterior.

Os meus camaradas, infelizmente, quando tentam aplicar essa lei, só fazem lixo. As coisas começam a desmoronar antes do tempo. Saltam em galhos que podem até suportar o peso deles mas não são melhores, não dão mais... É uma tristeza, não nasceram para isso.
E no final, quando a mulher salta para um outro galho põem-se até a sujar a imagem das outras como que se durante todo esse tempo de relacionamento tivessem sido santos!

terça-feira, 28 de maio de 2013

A Bela Adormecida

... Não tem como nos mentirmos...
Nenhuma estória outrora criada, teve a capacidade de ser tão realista quanto o conto da Bela Adormecida
Semelhante à qualquer outro conto de sucesso, várias foram as versões feitas e espalhadas por aí. Entretanto, nenhuma contou em detalhes o que realmente aconteceu.

Como muito bem sabemos, o nome do príncipe da estória mundialmente conhecida era Príncipe. Sim, leste bem! Príncipe, man Petsa para os mais chegados, era na verdade filho do grande soba da Camabatela, aí na Ambaca, Kwanza-Norte.
Ele era um jovem conhecido por nunca desistir de nada e de gostar de novos desafios. Uma das vezes enquanto andava pela vila, acabou encontrando a Joaquina do "Fió-Fió", a maior fofoqueira da província. Como toda boa fofoqueira, Joaquina nunca mentia; só falava à toa. Foi assim que no meio de tanto "peixe" com o "man" Petsa, Joaquina contou então a estória da miúda do Lobito que de tanto dar não aos homens que a paqueravam, principalmente os mais-velhos que metiam olho em tudo, foi-lhe lançada uma "pemba" que a subjugou num sono profundo há mais de cem anos da qual só despertaria se um homem de verdade a conquistasse e a pegasse com pujança. Man Petsa escondia sua ansiedade enquanto a Fió-Fió escamava o seu peixe e em tom de realce o disse: "Mô" irmão, e "num" é porque às vezes... "Memo" com esse tempo todo a dormir, a miúda continua no "micate", se já tivessem criado máquinas fotográficas, ela só teria fotos com cara de pato.
Sem mais conseguir se conter o Príncipe grita: - Ai ua kwata! Una mumu i ku kia - O que na língua desses da cidade quer dizer: "Ai mexeram! Isso aqui é para já!"
Determinado, fez suas trouxas com roupas da Lutuíma Vunge e grifou para a grande viagem.
Ao chegar todo empoeirado no Lobito devido as condições das estradas que já andavam todas esburacadas mesmo antes do colono chegar em Angola, e assim seriam mantidas por motivos culturais; as pessoas interpelaram o jovem e quiseram saber de onde vinha pois não era comum haver estranhos naquela cidade. Então, ele disse:
- Eu sou o Príncipe de Camabatela e vim de muito longe porque ouvi falar da vossa Belita.
Todo mundo congelou. De tanto partir corações, seu nome havia sido proibido na cidade.
Alguém ainda disse: - Esse amarfanhado é assanhado. "Esse é homem é quem é daondê" para falar da Belita?
Outro cochicha no ouvido: - Esse é "mbora" príncipe, príncipe da Camabatela.
Começaram então a deturpar tudo. O jovem destemido passou de Príncipe para príncipe! Em meio a um pequeno tumulto decidem avisá-lo que todos que tentaram a Belita não conseguiram e se apaixonaram perdidamente. Desconfiava-se que ela havia sido banhada na "menha da mukwenha" (água da mukwenha). Porém, isso não foi suficiente para travar o "man" Petsa que pediu que o levassem ao bairro aonde vivia a linda moça que dormia há cem anos.

Chegando na casa de adobe na rua do Castelo, como era de costume, anunciaram à Bela que havia um príncipe que viajou terras e mares, aguentou enchurradas e suportou muito burro na via para a ver e assim eles finalmente se encontram. Quer dizer, na verdade ele encontra-a, visto que a mana Bela estava a dormir. Olhando para ela, enquanto dormia, man Petsa se apaixona e preparava-se para dar um beijo quando eu decido parar as coisas para sermos sensatos.

Epá, man Petsa ou Príncipe, ou sei lá o que és, Vamos Lá Ser Sinceros! Tu não estás a ser sério. Assim não!
Como é que tu te preparas para beijar uma jovem que não lava a boca há mais de cem anos. Aqui não há porque "uh" ou "fu". São cem anos de beleza intacta sim, mas a Belita não lavou a boca esse tempo. Vais me desculpar, mas assim não dá. Aonde está a higiene? O cuidado que ela deveria ter com ela mesma? Estás a pensar que beleza é tudo? Isso porque ainda não falei dos tantos homens que como tu, também ouviram falar e lhe beijaram. Ham, olha-me para isso. Cem anos sem trocar a roupa ou ter depilado. Meu irmão, são pontos a se ter em conta.

Man Petsa parou, ouviu as minhas dicas, deu-me toda a razão e então com toda a sensatez do mundo beijou a Belita...
Eu sei que ele só fez isso para me provar que os homem são mercenários. Não importa a circunstância se for considerado alvo ele vai tentar abater e ponto final.

Ainda existem essas damas que dizem: Ah porque não, esse vestido não ficou-me bem. Ninguém vai olhar para mim... Você "tá brincá cô vida" só pode! É uma tremenda duma boa ofensa à todos seres másculos desse imenso universo o facto de insinuares que um mero vestido te tornaria invisível, pois, só assim um homem não olharia para uma mulher. Quando não estamos a olhar para vocês é porque certamente existe um espécimen feminino superior. E não essa conversa de vestido, de aparência "bonho", e "num" sei quantos anos sem depilar. Homem está nem aí desde que a Bela esteja disposta a voltar a dormir com ele.
Não, pare imediatamente! Eu não estou a dizer que homem avança em tudo que respira, ou qualquer tipo de mulher. Ele avançará se considerá-la salutar à sua cadeia alimentar. Para vocês verem, no conto da Disney, ele chega a beijá-la também. E ela com cento e tal anos sem sequer se mexer, faturou um "madiê"... Para vocês verem como esse mundo é injusto, tantas por aí se batendo e não conseguindo, a Bela só precisou dormir e esperar que a fofoca se espalhasse. Sem dizer, obviamente, que este conto é a prova mais do que clara de que a mulher muita das vezes só precisa estar no local.

Pois aí depois do beijo é aquela coisa que todo mundo já conhece:
O Príncipe passou a amar muito a Belita, ela muda-se para Camabatela e descobre que Príncipe era o nome de registo do "man" Petsa, que no entanto deu condições, estudo, elevou à moça à um patamar muito acima dele, ela passou a experienciar novos ares, conheceu um príncipe de título e não de nome fez-se de sonolenta, o outro beijou, ela acordou, faturou e deixou o man Petsa na rua da amargura.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

UFC 160: Violência Doméstica

É muita burrice sua, apanhar surra do seu namorado, nem que for apenas uma vez e continuar com ele porque pediu desculpas! É simplesmente o cúmulo da palhaçada.
Está bem que tu achas que tens boa pele pra apanhar porrada, gostas de ter a cara inchada como se fosse pugilista, mas lhe deixa só, arranja outro, "num" se arranja só mais azar... Ou vão me dizer que gostos não se discutem?!

Por mais que digas à todo mundo que viu o quanto te enxugaram que aquela foi a primeira vez, lembre-se que a tua primeira vez não foi a última... Aliás, só deu início à uma prática constante; os dois ganharam gosto até! Deixe de pensar que és um tapete na entrada do cúbico, onde só serves pra pisarem-te. Mesmo que tu sejas uma sanzaleira. Não mereces surra!

No entanto, posso "memo já" escrever bwé como se fosse resolver alguma coisa, mas ela vai ler e vai dizer:
- Eh! Me bateram então ontem. Por abuso vou tatuar o nome dele e de toda a família dele no meu corpo para dar mais raiva nas invejosas, homem que bate assim só pode me amar demais... Quando ele me agarrou no pescoço para me atirar no chão... Meu Deus do céu... Aquela força divinal não poderia ser ódio. É amor mesmo.

Mas cumê então meninas? "Warape" com a patetice?! O que é que vocês têm debaixo da raiz capilar? Só crânio e mais nada? Achas que te bateram por inveja? Achas que as invejosas gostariam de apanhar as "bolachas" que apanhas?
Dá pena ver que a maquiagem já não senta bem no teu rosto devido as "mungulutas" causadas pelos socos, chutos e pontapés constantes que recebes. Dói ver que nunca treinaste judo mas cais melhor do que eles. É regogitante aperceber-se que se antes o teu nome era Luana Fofa, hoje em dia virou Luana Saco de Pancada. Como pode uma mulher achar que o "amor" que ela sente funciona como anestesia? Arrastam-te no chão e até mentes que caíste de mota? Ele até deveria ter matrícula de tanto te atropelar e você mentir que não sabe quem foi.

Vamos Lá Ser Sinceros! Vocês são umas burras esperançosas. Já não estamos mais na era em que a mulher não tinha voz. Qual é a desculpa dessa vez? Ah não, "mô kota," estávamos a dançar "Do Cotovelo" e todos toques me chegaram na cara. Agora vão dizer que o vosso sonho sempre foi lutar no UFC e eles são os vossos preparadores físicos?

Que existem comunidades em que as informações e as campanhas sobre violência contra a mulher não circulam, isso sabemos. Mas não é o vosso caso. Nunca foi. Estou me dirigindo para você que estudou, estuda, lê, partilha correntes no Facebook mas reagirá como se nem soubesses do que se tratava após ter lido o texto.
Chega até a dar vontade de vos agredir, pelo menos assim, por não me amarem, conhecerão o caminho da esquadra policial. Pois só é crime quando não amam.

Como é possível temeres o teu namorado e não o teu pai? Como é possível trocares o abraço por um "cafrique" mata-leão? Como é possível permitires que apliquem-te uma chave de braço constantemente? Como? Como? Como? Não entra na minha cabeça!

A pior parte disso tudo é que ao menos no UFC ganha-se dinheiro e é transmitido mundialmente, onde no vosso caso se calam por vergonha. Oh, mas estão com vergonha porquê? Ele fez tudo por ciúmes. Afinal só sente ciúme quem ama, nê?
Outras ainda dizem: - Ah porque só vou lhe deixar e fica só já assim... Ele não fez por mal.
Sua... Trata "mazê" de colocar o camelo na cadeia pá! Se fez por mal ou não, a polícia que resolva. Quantas pessoas roubam porque passam fome? Ele não está a fazer por mal. Mas se o vires, vais chamar a polícia! Oops, estupidez minha... Tu não amas esse gatuno, nê? Vocês precisam duma escola emocional. Essa atitude passiva é que têm fomentado e alimentado esse tipo de acções desses vagabundos. Te rebentam uns tantos bicos da fronha e depois de uns tantos pedidos de desculpas; esquecem-se de tudo. Suas "buluzentas!"

Continuem assim e espero que um dia, se o pior acontecer, alguém esteja com um teclado na mão e consiga apertar CTRL-Z a tempo para que voltes a viver!

quarta-feira, 24 de abril de 2013

À Preto e Branco Era Melhor

Muitas das vezes quando começamos a analisar as gerações anteriores em relação à actual há sempre muitas controvérsias, mas é quase que unânime dizer que as coisas só têm piorado de lá pra cá.
Bem, depende de como estivermos a olhar para as coisas.

Não podemos de forma alguma nos deixar levar pelos simples contos deturpados que são orgulhosamente disseminados por esses "kotas" que não param de nos dizer que antigamente é que "defactumente kuyava" porque os jovens, actualmente, estão cada vez mais mulherengos e irresponsáveis... Gajos "pandidos", têm filhos aqui e acolá; fazem alambamento numa família enquanto são casados ou já fizeram alambamentou noutra... E os itens na lista de reclamação não para de crescer.

Após vários choques, é como ouvir as pessoas dizendo que antigamente era melhor. As coisas não estavam assim. Que gostariam de voltar a viver nos tempos remotos em que fazia-se almoço só de pedir coisas aos vizinhos, da panela à água que fosse ferver o arroz que também veio do vizinho. Se for só isso, tudo bem. Mas eu digo com todas as letras... Com. Todas. As. Letras. Que nenhuma dama dessa nossa geração, do século da saia curta, mas nenhuma mesmo, aguentaria uma semana vivendo na pele das nossas mães. Passar pelo que elas passaram!... Quem? Vocês?! Quer dizer, "tamo a brincá cô vida"! Quem és tu para aguentar um marido como os d'antigamente que tinha a coragem de te dizer:
- Hoje eu vou dormir na minha segunda mulher. Volto na Quinta-Feira e vê se prepara um bom funge com calulú de carne seca no dia em que eu chegar.
Quem és tu para ter a frieza de responder aos amigos do seu marido que ele hoje não está em casa, que era melhor procurar-lhe na "irrival", na terceira mulher porque és a segunda e hoje não é o teu dia. Quem?! Você é mulher é quem é você? Ora bolas, se só isso não é sinal que antigamente as coisas eram rijas, eu não sei mais o que vos dizer! "Num vamo tar só aqui a se fazê!" Os nossos "kotas" antigamente eram estragados, "fididos", simplesmente mais determinados que o Rambo e a sua fita. Mesmo casados, levavam os amigos para irem fazer pedido na casa alheia. Nem se comparam à esses jovens frouxos que nem aguentam chegar na cara da mulher e dizer que irão dormir na casa da melhor amiga deles, que só sabem fugir da guerra, dos confrontos de Novembro de 1987. Esses frangotes que quando uma "kandumba" diz que o período não está a aparecer, ele pergunta logo se ela deixou perder. Juram de pés juntos que são "mbacus". Pelo menos isso, sei que não pegaram dos nossos kotas... Ou não "memo". Muitos deles diziam que estavam a ir buscar a família e nunca mais voltavam. Hoje em dia temos restos de malandros. Os verdadeiros morreram lutando pela independência, ou camuflando a sua morte durante a independência.
Esses mais-velhos mandavam coragem! Eles costumavam apresentar assim: - Essa é minha quarta mulher... Assim que der apresento-vos a primeira. Assim, então, é você que iria aguentar? Você que quando encontra uma "camessage no telelê" começa já a "futucar" e quer partir o coitado do telefone? Vocês não! Três horas no terreno e vocês estariam a sair ranho. Vocês que nem podem ouvir que o vosso homem tem mais de dez amigas.

Essas nossas mamãs conhecem a cor do biquini do sofrimento. Submissas? Se você hoje não passa por isso foi graças à quem? Aos homens é que não foi!
E eu acho que após todas as batalhas que tiveram que enfrentar dá-lhes uma vontade enorme de colocarem no colo, abraçar fortemente as nossas miudinhas, e com aquele todo amor puxar a cavilha da granada quando percebem que o conceito de emancipação para essas mesmas meninas deixou de ter o poder de mover montanhas, para elas virou um motivo divinal para justificar o facto de não saberem cozinhar, lavar, engomar, arrumar e até mesmo cuidar de si. Quando elas observam que emancipação agora quer simplesmente dizer que os filhos são mais bem cuidados pelas funcionárias domésticas do que as mães... Yá, elas devem ter vontade de levar um monte delas para dentro de um ringue. Só que isso aconteceu por causa mesmo de quem? É melhor pular essa parte. Essas damas da agora gostam de bater quando faço-lhes lembrar da deficiência que elas têm. Querem vir com dicas de que andavam ocupadas com a faculdade desde os seus treze anos e que agora é tarde, "num" têm mais tempo, mas graças à Deus existem as domésticas... Uma chapada!
Epá, deixa só voltar... Ainda assim, vão dizer-me que antigamente era melhor? Acordar as cinco da manhã, não porque havia muito engarrafamento mas porque o dono da casa queria todo mundo de pé como se estivessem numa recruta militar?! Apanhar chapadas porque não respondeste uma pergunta que o velho fez, mas em contra-partida levar um baita pontapé da boca se tentasses responder... ATT: Não estou a dizer que não podiam, aliás, sou um grande adepto da pancadaria infantil sempre que necessário.

No entanto, talvez tenha piorado pra vocês que sempre tiveram electro-bombas ou água corrente, porque pra nós que tínhamos que "cartar" a água debaixo do prédio para levar até ao sexto andar, para quem tinha que ir até às Mabubas e morava na outra ponta do Marçal; para nós que tínhamos que andar treze kilômetros para ir ver uma dama que certamente nos daria um tampão... Você vai lhe dizer que os tempos pioraram só porque a tua irmã prefere meter fotos mostrando as "pacoteiras" no Instagram e no Facebook para ter mais "gostos" e comentários!? Ao meu ver até isso melhorou. Há 10 anos atrás muitas não aceitavam nem dinheiro. Hoje em dia as "strippers" estão a passar mal com a concorrência, têm que inovar. Os preços caíram, tanto das revistas masculinas como a entrada nos "stripping clubs". É de se regozijar. É de dizer que antigamente as pessoas levavam mais tempo a encontrar produtos alternativos e mais ainda para perceberem a relação de oferta e demanda. Epá, Vamos Lá Ser Sinceros... Um "like" ou um pedido de amizade não custa tanto quanto uma revista. Antes, muita gente crescia sem ver um pato sequer, hoje em dia é só entrar em qualquer rede social e lá estão os patos ou patas, com as cabecinhas para baixo e os rabinhos para o ar. Vão me falar que antigamente ninguém queria isso? "Me bão!" Me batem "memo". Dou o meu braço no jacaré.

Ah porque os tempos têm piorado... Sair da primeira classe até à quarta sem chumbar mesmo sabendo nada; "num tá mbora" bom?! Chegar até a universidade e não saber resolver uma equação quadrática... É "male"? Gostam de reclamar atoa. Seus mal-amados. Bando de "conspiras". Queriam "mazé" essa "fesada".

E quando comparam então os pedidos de hoje em dia...
Ah porque porque... Já decidi, no pedido das minhas sobrinhas eu exigirei apenas um candeeiro Petromax, uma calça boca-de-sino pré-lavada e uma TV à preto e branco de marca Philco. Aí sim eu quero ver se o madiê vai arranjar isso "aondé"!
É claro que têm acontecido barbaridades, mas é uma barbaridade exigir que se exijam as mesmas coisas. Só que se pararmos para pensar, iremos nos deparar com a seguinte pergunta: Será que foram os tempos modernos que introduziram automaticamente esses requisitos estapafúrdios nas cartas de pedido ou foram os tempos antigos que tentaram se modernizar?
Se bem que umas damas mesmo mereciam um maço de cigarro, um garrafão de vinho e uma barra de sabão somente como alambamento. Essas que até água fervida precisam entrar na Google para tirar a receita...

Já passamos por muitas coisas inadmissíveis, e actualmente só gritamos que está tudo mal porque a forma como a informação é espalhada mudou drasticamente. Já não vivemos só de fofocas, embora ainda seja o meio mais eficaz e eficiente de se espalhar uma notícia. Devemos perceber ainda que estamos cada vez mais sedentos por más notícias, nós gostamos disso. Só é notícia quando alguém cai de cara e se aleija, aquele que anda sem cair não serve de exemplo.

Se calhar ninguém esteve melhor, e estamos no meio de uma disputa de dois diabos tentando assar a sua sardinha. Mas se só agora é que estás a sentir algumas ideias a fluírem, perceba antes que eu paro por aqui porque tenho que ir na minha segunda mulher!

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Ilusão Óptica

De acordo com a Wikipédia, ilusão óptica aplica-se a todas ilusões que enganam o sistema visual humano fazendo-nos ver qualquer coisa que não está presente ou fazendo-nos vê-la de um modo erróneo.
A explicação possível das ilusões ópticas é debatida extensamente. No entanto, os resultados da investigação mais recente indicam que as ilusões emergem do facto de muitas mulheres pensarem que os homens costumam ser verdadeiros e transparentes quando estão a paquerá-las. O estudo aponta ainda para o facto de muitos cientistas não conseguirem determinar se essas mulheres estão sob uma ilusão de óptica ou se contraíram SIBA (Sindrome de Imuno-Burrice Adquirida).

Por aprendizagem neuronal, o nosso sistema visual evolui para um sistema que faz interpretações muito "eficientes" das cenas 3D usuais, por isso é fundamental incutir na sua cabeça que nenhum homem na face da terra paquera uma mulher mostrando a sua verdadeira persona, e "clá"! Até quando ele assume ser um bandido, mentiroso, quebra-corações, mulherengo e sei lá mais o quê; ainda assim ele está a mentir.
Quando um homem estiver a "chachar-te", coloque uma coisa em sua cachimónia: Esse aí não é ele! Esse é o que ele pensa que tu gostarias que ele fosse e consequentemente o meio mais viável para atingir o seu objectivo. É apenas um cantor que está prestes a lançar um CD e no entanto tu estás a ouvir as músicas promocionais. Ouça pelo menos mais cinco músicas, porque há uns que só têm duas músicas boas e mesmo nessas duas boas a culpa é do instrumental, o resto do álbum é podre e tu certamente não gostarias de estar no prejuízo.

Eu, muito sinceramente, já perdi a fé na capacidade das mulheres escolherem bons homens. Parecem que todas são da AMDP (Associação das Mulheres com Dedo Podre), escolhem extremamente mal, vezes sem conta, de forma "aleatoriamente repetida". Não sabem diferenciar os homens que só querem tirar as ervas daninhas daqueles que pretendem plantar um pomar no seu jardim; passam a vida a escolher os homens dos mesmos meios com as mesmas características, chupam todas as mangas da mesma árvore para concluir que essa mesma mangueira não dá frutas doces. Assim não vai dar! Se é essa a vida da Barbie que vocês querem levar, não iremos a lugar nenhum!

Eu estou farto de dizer que fazer com que ele persiga-te durante um ano, já não é mais o suficiente para determinar se ele te deseja como mulher ou não. Na verdade, tu é que estás a auto-fatigar-se pelo facto de que a persistência dele dar-te-á a impressão de que ele te quer mais do que tudo. Entretanto, nós homens descobrimos que o mundo não vai acabar agora, temos paciência. Como mulher, desenvolva novos métodos de análise. Se namoraste alguém e o "mambo gatou" porque depois de um tempo ele deixou de te respeitar, então durante aquelas semanas que tu normalmente tiras de folga só para chorar e contar a estória à todas as pessoas que conheces, aproveite e escreva as características do indivíduo durante a época em que ele era apenas mais um cantor que queria lançar um CD na tua Praça da Independência. Homens gostam e seguem sempre padrões de "sucesso", costumam procurar formas e fórmulas que culminam na execução da vítima. São muito raros aqueles que gostam de fazer "freestyle". Se resultou com uma, ele tentará fazer o mesmo com uma outra. Aprenda a identificá-los e a agrupá-los através do modus operandi.

Evite pensar que se seguires a risca o que eu digo, tu chegarás a lado algum. Não! Não penses, nem faças isso. Nada substitui a experiência prática, a aula de laboratório é indispensável para aqueles que querem ser engenheiros da vida real. O que estou aqui a pregar é o seguinte: Se eu quiser ficar, namorar, ou ter um flash fotográfico contigo, em nenhum momento eu cometerei o erro de mostrar-te o que sou. Naquele periodo, tu estarás a lidar com o meu avatar. Perceba que é tudo um teatro para alegrar a plateia e dar prestígio ao actor. Amar... Amamos sim, mas costumamos mostrar melhor performance quando não amamos o "alvo", ou não queremos ter algo além de um "bebe me deixa" com "magoga" numa banda clandestina. É por isso que é totalmente primordial para qualquer mulher aprender quando e em que situações deve manipular antes que seja manipulada.

Eu não posso estar aqui a falar das rainhas dos sonhos exarcebados, sem mencionar os reis das ilusões ópticas, nós, os homens... Vamos Lá Ser Sinceros que isso é coisa séria!

Os angolanos têm a capacidade de perceber tudo mal que chega até a dar dó. Mergulhados numa espécie de política neo-paleolítica, eles acham que toda a pedra no chão é para ser arremessada e que todo o osso é para meter o dente. A arqueóloga já nem pode mais rir com vocês ou ser simpática que os energúmenos já ficam todos a rosnar e estão logo prontos a meterem a mão ou cravarem os dentes em materiais que não lhes pertencem.

Ordeno agora pelo poder que me foi instituido... Sai, sai, sai, sai, sai, sai, sai, sai ilusão óptica, agora! Enfermidade da ilusão, sai!
Há ossos que são do Faraó "num" é para você sequer tentar cheirar ou apalpar para medir a resistência do osso. Deixem de se iludir! Não é para ti e está mais do que na hora de vocês aprenderem isso. Considerem isso uma aula, e eu estou a tocar o sino para entrarem novamente na sala. Acabou-se o recreio!
Não custa nada fingir desinteresse. Finja, já que não sentir é um tremendo sacrilégio na vossa religião do provou, colou. Acabas perdendo a oportunidade de construir amizades benéficas. Há damas que você sabe que não vais aguentar. É muito camião para a tua areia; ela nem te reconhece como carga. Pra quê estarem só a se intrujarem? Ah porque vou molhar o biscoito; ah não essa dama está a rir muito vou lhe pular, ela me mandou uma mensagem a me perguntar um site... Não procurem desculpas. Vocês vêem mal, muito mal e ainda por cima são fracos na abordagem. Parem "mazé" de envergonharem-me.

Eu sei que dói, mas ter amigas bonitas não mata. Saiba usá-las a seu favor. Deixe de estragar tudo por não saber ver os sinais de trânsito. A maioria delas, não te quer. Parta do simples princípio de que nenhuma mulher te quer e o que ela mais quer é conversar. Fique ao menos cansado de perceber mal. Muita mulher só ri e simula dar-te atenção para ter a tua atenção e polir o ego dela, fique atento!

Mulheres, eu sei que dói... No entanto, só conhecemos as pessoas quando nos casamos com elas... Mas até lá... É uma longa caminhada debaixo de um sol incessante no deserto. Oh, olha esse Oásis!

quarta-feira, 20 de março de 2013

Terceira Lei de Newton (Acção e Reacção)

A terceira lei de Newton é uma das leis que descreve o comportamento de corpos em movimento.
Ela enuncia que no momento em que um corpo masculino nega sexo à um corpo feminino, dá-se o inicio à uma guerra quente sem precedentes.

Caros irmãos, nós muito bem sabemos que as mulheres só reclamam da nossa avidez por sexo por falta de um espelho retrospectivo!
A pior coisa que alguma vez um de vocês pode fazer à uma mulher, é negar sexo. Negue-lhe até de respirar o oxigénio que está no teu quarto. Mas "tundimba"?! "Tun-dim-ba"! T-u-n-d-i-m-b-a! Vais se arranjar "dikulu" grande na tua vida.

Há dias que você encosta nela, e ela diz: Ah, mor... Toda a hora? - Mas vocês já estão então há dez horas sem sexo, dez horas de tortura, diga-se de passagem, e ela está já a reclamar. Muita das vezes, você até só queria encostar; pórem já recebeste o aviso que hoje não há óleo para frituras. Passa-se uma semana e ela sempre naquela de que precisam trocar mais carícias e que você não pode sofrer assim de apetite; para então começar a jogar baixo e a criar diálogos do tipo:
M: - Pensas que eu sou uma mercadoria?! Ham?!
H: - Não, eu não penso isso, mas...
M: - Achas que a minha vida é só fazer sexo? Estás a confundir-me com alguma prostituta? Porquê que não ficas como o namorado da Fulana que a massageia sempre?
H: - Porque eu sei que o Fulano só massageia sempre a Fulana por burrice!
M: Oh, meu Deus! Eu vou me matar! - Inicia-se assim então uma sessão de "xinguilamento" - Como é que eu fui arranjar este homem, seu boçal, bem que eu sabia que não querias nada a sério comigo - O que é que uma coisa tem a ver com a outra? A partir deste momento perdeste, mano! Quando ela começa a fazer as suas interligações de acontecimentos paralelos, perdeste.

Aí então, sobe-te a razão e diz: Também lhe faz lá "cô" ele pra ela saber bem! Eu, muito sinceramente, sou de opinião que no momento em que te sobe essa ideia e decides colocá-la em prática, todos da tua família deveriam começar a cantar já o "dibinguilê"! Sim, porque vamos ter um funeral, sim senhora!

Eu sei que não devia falar isso, mas Vamos Lá Ser Sinceros! As mulheres gostam mais de sexo do que os homens, se beneficiam mais do que os homens, gozam mais do que os homens e tratam ele como se fosse seu monopólio.
ATT: Estou falando de sexo com todos os condimentos, não me descontextualizem com os problemas que tiveram com alguém inexperiente, por favor, tudo menos isso!

E não brinques em querer devolver a façanha. Elas são peremptórias no ataque. Vão te matar, rapaz! Elas são perigosas quando privadas de "tundimbo!"
Uma criança quando lhe tiram o chupa-chupa não quer saber se foste tu que compraste ou se o chupa-chupa era teu. Assim são as mulheres no que toca ao sexo. Está comigo, é meu e eu decido se te deixo chupar ou não. Mas se lhe receberes...

Nunca haveremos de ver elas a conversarem entre si e a elogiarem: Olha, tu não vais acreditar; o meu namorado é tão sensível que ontem eu estava no clima e ele disse que estava com uma dor de cabeça. Achei tão fofo o facto d'ele não ter conseguido por causa de uma simples enxaqueca. Ele é o máximo! - Aiê? E o meu homem que ontem estava com muito sono e preferiu dormir comigo ao lado só de boxer! Acho o meu bem mais-mais que o teu! - Eu tenho certeza que o vosso fica no chinelo, o meu não quer desde ante-ontem porque eu recebi uma mensagem de uma amiga a convidar para sair quando eram 20 horas. Ai, esses homens!
Caro compatriota, o dia que te deparares com essa situação, pegue na bíblia e arrependa-se dos seus pecados. Deus está aí e vai acabar o mundo a qualquer momento.
Nunca em toda minha vida vi uma mulher chegar ao namorado e dizer:
- Baby, vamos pra cama?
Ele diz: Está bem mas hoje é só cafuné, estou sem vontade de ter sexo e acho que o melhor mesmo será fazer-te uma massagem.
E ela logo em seguida dizer: És tão fofo, queridinho. É tão bom ouvir você dizer que não quer sexo quando eu quero, que nesse momento o que mais queres é fazer-me uma massagem. Já namorei um vândalo e sempre que eu queria, ele também queria e eu detestava. Eu acho que contigo vamos durar até à velhice, paixão.
Ah! Tragam um balde que eu vou vomitar! "Mazé" claro que não! No momento em que abrires a boca pra dizer que "não queres", ela te interromperá para dizer que notou que não estás sob os plenos poderes da sua inteligência e que vocês deveriam ir para a cama e fazer tudo o que ela quer, do jeito que ela quer que será melhor para si.

Acredita! Será muito melhor para ti! Tu não queres ver a ira de uma mulher rejeitada, e para elas rejeição que lhes mata não é ser trocada; mas sim o "hoje eu não estou afim!" O "eu não quero" vindo da boca de um homem coloca o ego feminino em estado de choque, manda ela pro coma. Naquele instante ela quer se olhar se não está boa o suficiente e tiraria um rim a sangue frio só para checar todas tuas contas nas redes sociais. Elas não encaram isso como uma vingança, encaram mesmo como um insulto, um abuso, um despautério, um atrevimento tremendo que só a sua morte em praça pública por apedrejamento, limparia a honra delas. Logo aquelas que gostam de abraço. Exactamente aquelas que preferem abraço. Na vossa vez dói, nê?!

No que toca a sexo as mulheres são muito autoritárias, altamente egoísta, fascistas, possessivas e exigentes. Com elas é ditadura mesmo. Ela é capaz de te rejeitar só porque atirou uma moeda ao ar e perdeu no cara ou coroa. Assim só "memo"! Se naquele dia falou uma palavra que levava vogais, ela acha que já tem um mega motivo para fatigar os "cacussos" noturnos.

Nós ficamos mesmo muito maus quando ela nega sexo. No entanto, estávamos a dar uma de Barbie, saberás o que é ficar mau quando vires a reacção dela. O circo pegará fogo! Nem lhe tocar mais podes. Ela pedirá aos céus que um avião tenha a benção de despenhar e cair no vosso quarto só pra ter uma justificação mais plausível ao facto de você ter negado. E não sei se estão a dar conta, mas eu estou a tentar dizer há muito tempo que nenhuma desculpa que deres justificará a rejeição, elas simplesmente não querem saber. Desde o momento em que disseres não, ela deixa de te ouvir para poder meditar e se admirar em paz. Ela vai dizendo coisas como: Oh, senhor Deus, senhor Pai, dono dessa maravilhosa terra, estou a ver um cabrito aqui a frente a falar besteiras. Assim lhe mato porque ele é um cabrito, ou lhe deixo viver porque ele fala? E enquanto ela meditava, você estava a dar a sua desculpa super elaborada e ela nem ouviu; para depois ela começar a dizer: Tu não me amas, arranjaste outra, eu pensei que tu me quisesses como mulher, como é que eu fui arranjar este homem, seu boçal e a estória se repete. Depois dessa, uma semana e setenta e oito dias sem sexo para você aprender a tomar melhor as suas decisões.

Mas "vamo inda" falar lá mais um pouco de verdade. Assim, você é homem é quem é você para se dar o luxo de negar sexo à sua namorada? Você "tá brincá cô" a vida! Você tipo é rato! Elas têm razão de reagir assim mal. Aquilo até nem é reacção, mas sim um tubo de ensaio que caiu no chão no momento em que a reacção iria começar.

A verdade é que mulher quando quer, não quer saber se você está sendo atacando por um jacaré, ou se foste atacado por uma vaca. Se ela mandou comparecer, você trate de comparecer e ter uma boa prestação. Ponto final!

terça-feira, 19 de março de 2013

Exame da Próstata

Uma das coisas que mais admiro no angolano é a sua capacidade de esquecer o passado. Esquecemos de um jeito terrivelmente incrível. É que não nos lembramos mesmo, como quem nem se lembra quantas vezes respirou num minuto.

É muito comum ver os homens dando uma de machões ou mesmo ultra-homens a rejeitarem a todo o custo a possibilidade de ir à um doutor e submeter-se à um exame da próstata. Dão muito show, só porque este simples e inofensivo exame inclui um reles toque retal até a próstata dos pacientes que comumente têm acima de 40 anos.

Ok, a vida está mesmo a gozar convosco. Pelo menos nisso temos que concordar, pois é um exame que se torna frequente quando estão numa idade em que os tabus e preconceitos estão todos fortalecidos como mistura de betão armado e vigas de aço.

Mas, Vamos LáSer Sinceros. "Vamo memo" porque precisamos.
Vocês "antão", andam a se "fazê" de quê? Hoje já porque ninguém me toca no rabo. Rabo é meu e ninguém toca lá; isso aqui não é a Fofandó. Aiê? Quem é o angolano aqui que nunca teve maculo? Quem és tu? Quem? Fala já que eu quero saber! Coloquem o nome nos comentários, eu quero saber se vocês existem. Hoje em dia já nem se lembram mais que num passado muito próximo todos nós tínhamos BDR (Bactérias do Rabo).

Oh, estás a fingir que nem sabes o que é maculo? (Hoje meti link, relembre, faz favor). Para aqueles que ao longo do tempo foram se refinando e afinando, no vosso meio, maculo virou oxiurose.
No entanto, o nome não faz nada, podes me mudar até para "dedarnê de bundeux". O importante mesmo é que as nossas velhas nos viravam e espetavam dois dedos cheio de ervas Santa Maria bem pisadas no pilão para dentro das nossas vias anais. Vias essas que hoje já crescidos queremos se fazer de gente. Querem transformar em reserva fundiária do Estado!

Aqui não há lá, seja você hoje em dia um engenheiro, médico, contabilista, economista, dj, o porteiro que mais barra nas discotecas de Luanda, o Presidente ou o grande e maravilhoso raio que o parta; um dia você já teve maculo e levaste fortes dedadas para curar aquela lenha, "tá brincá cô" vida ou quê?! E aquela cena só passeava pelos intestinos e dava da boa comichão anal. Deixavas submeter-te logo à uma operação cirúrgica doméstica. E "num" vamos estar aqui a nos mentir. Aquilo era da pura operação, melhor que esse Dr. 90210 alguma vez fez.
Primeiro picotavam o anús até sangrar, sim tinha que sangrar primeiro; enquanto isso a Santa Maria, Cura-Tudo ou mesmo a Chandala (dependia muito da erva de eleição) fervia para depois ser pisada. Quando a avó, mãe ou tia desse conta que o paciente estava no ponto, administrava a erva via anal. Mas era administrar mesmo porque ia até ao fundo. A "kota" metia até o cotovelo todo dentro do anús, era guerra; ardia mais do que aquele insecto ferro-em-brasa. Aquilo era gritar ou quê! Você é homem é quem é você, para não gritar?!

Oh, afinal no exame o dedo só chega até à próstata? Na era "maculal" a mão chegava até no coração. Dava para sentir os dedos que entravam pelas traseiras e passavam pela aorta procurando tocar o coração.

Muito sinceramente, eu não sei porque razão estou me dando o trabalho de explicar isso tudo em detalhes quando todos vocês sabem disso tão bem ou bem melhor do que eu. Eu não sei mesmo. Lembremos que a medicação era diária até curar (ou até o teu anús perder todos os nervos e não sentir mais nada).

Quer dizer, o tempo passa, crescem, e a atitude muda; pra pior como é de hábito. Ah porque no meu anús nem vento passa lá! Será que têm que ser os médicos ou toda tua família a assumir as rédeas da situação e espancar-te até à beira da morte só pra o médico fazer o exame de linha? Não finjas que não sabes que a exploração anal é o exame de linha. Mas "pô", é algo anual. Todos nós já passamos por coisas piores. Hoje em dia, você pode até procurar um urologista com dedo pequeno se o teu problema é esse. Antigamente, aquelas tias mandavam dedo, aquilo não era a vida da Barbie de hoje em dia... Dava a impressão de que elas haviam colocado um pau de bater funge naquela "lenha" e que estavam a "bicular" um funge de "bombô" no teu "pandero". Era rijo... Sinceridade mesmo... Mil vezes o dedo desses "doutorzinhos".

Meus caros, o câncer da próstata existe e é bem pior que o maculo. Quando os sintomas começam a se manifestar, certamente a tua vida já está por um fio. Então o seu rabo ou anús é a última coisa com que deverias te preocupar.

Só que hoje em dia todo mundo é macho, têm dificuldades em assumir, ninguém quer dizer que lhe mexeram... Vamos deixar só já assim. Mas se tivermos que falar toda a verdade, sugiro que uma foto da oxiuros aparecesse na nossa bandeira como símbolo de patriotismo e nacionalismo porque todos nós tivemos. Até as damas que hoje em dia andam com o "muzumbu" bem de pé e nem foram citadas no texto de hoje! Assim estás a pensar que eu não sei que já tiveste maculo?

À todos vocês que hoje são pais, Feliz Dia do Pai e bom Exame da Próstata!