segunda-feira, 29 de abril de 2013

UFC 160: Violência Doméstica

É muita burrice sua, apanhar surra do seu namorado, nem que for apenas uma vez e continuar com ele porque pediu desculpas! É simplesmente o cúmulo da palhaçada.
Está bem que tu achas que tens boa pele pra apanhar porrada, gostas de ter a cara inchada como se fosse pugilista, mas lhe deixa só, arranja outro, "num" se arranja só mais azar... Ou vão me dizer que gostos não se discutem?!

Por mais que digas à todo mundo que viu o quanto te enxugaram que aquela foi a primeira vez, lembre-se que a tua primeira vez não foi a última... Aliás, só deu início à uma prática constante; os dois ganharam gosto até! Deixe de pensar que és um tapete na entrada do cúbico, onde só serves pra pisarem-te. Mesmo que tu sejas uma sanzaleira. Não mereces surra!

No entanto, posso "memo já" escrever bwé como se fosse resolver alguma coisa, mas ela vai ler e vai dizer:
- Eh! Me bateram então ontem. Por abuso vou tatuar o nome dele e de toda a família dele no meu corpo para dar mais raiva nas invejosas, homem que bate assim só pode me amar demais... Quando ele me agarrou no pescoço para me atirar no chão... Meu Deus do céu... Aquela força divinal não poderia ser ódio. É amor mesmo.

Mas cumê então meninas? "Warape" com a patetice?! O que é que vocês têm debaixo da raiz capilar? Só crânio e mais nada? Achas que te bateram por inveja? Achas que as invejosas gostariam de apanhar as "bolachas" que apanhas?
Dá pena ver que a maquiagem já não senta bem no teu rosto devido as "mungulutas" causadas pelos socos, chutos e pontapés constantes que recebes. Dói ver que nunca treinaste judo mas cais melhor do que eles. É regogitante aperceber-se que se antes o teu nome era Luana Fofa, hoje em dia virou Luana Saco de Pancada. Como pode uma mulher achar que o "amor" que ela sente funciona como anestesia? Arrastam-te no chão e até mentes que caíste de mota? Ele até deveria ter matrícula de tanto te atropelar e você mentir que não sabe quem foi.

Vamos Lá Ser Sinceros! Vocês são umas burras esperançosas. Já não estamos mais na era em que a mulher não tinha voz. Qual é a desculpa dessa vez? Ah não, "mô kota," estávamos a dançar "Do Cotovelo" e todos toques me chegaram na cara. Agora vão dizer que o vosso sonho sempre foi lutar no UFC e eles são os vossos preparadores físicos?

Que existem comunidades em que as informações e as campanhas sobre violência contra a mulher não circulam, isso sabemos. Mas não é o vosso caso. Nunca foi. Estou me dirigindo para você que estudou, estuda, lê, partilha correntes no Facebook mas reagirá como se nem soubesses do que se tratava após ter lido o texto.
Chega até a dar vontade de vos agredir, pelo menos assim, por não me amarem, conhecerão o caminho da esquadra policial. Pois só é crime quando não amam.

Como é possível temeres o teu namorado e não o teu pai? Como é possível trocares o abraço por um "cafrique" mata-leão? Como é possível permitires que apliquem-te uma chave de braço constantemente? Como? Como? Como? Não entra na minha cabeça!

A pior parte disso tudo é que ao menos no UFC ganha-se dinheiro e é transmitido mundialmente, onde no vosso caso se calam por vergonha. Oh, mas estão com vergonha porquê? Ele fez tudo por ciúmes. Afinal só sente ciúme quem ama, nê?
Outras ainda dizem: - Ah porque só vou lhe deixar e fica só já assim... Ele não fez por mal.
Sua... Trata "mazê" de colocar o camelo na cadeia pá! Se fez por mal ou não, a polícia que resolva. Quantas pessoas roubam porque passam fome? Ele não está a fazer por mal. Mas se o vires, vais chamar a polícia! Oops, estupidez minha... Tu não amas esse gatuno, nê? Vocês precisam duma escola emocional. Essa atitude passiva é que têm fomentado e alimentado esse tipo de acções desses vagabundos. Te rebentam uns tantos bicos da fronha e depois de uns tantos pedidos de desculpas; esquecem-se de tudo. Suas "buluzentas!"

Continuem assim e espero que um dia, se o pior acontecer, alguém esteja com um teclado na mão e consiga apertar CTRL-Z a tempo para que voltes a viver!

8 comentários:

  1. Vivemos numa sociedade (falo da sociedade angolana) que pode-se generalizar como sendo conformista. E não me refiro apenas a casos de violência doméstica.
    Que tipo de mulheres são essas que querem reclamar os seus direitos e falar de emancipação quando murcham que nem uva passa perante a situações de tal género?
    Devo também dizer que é muita falta de “tomates” e excesso de covardia por parte dos homens que espancam aquela que dizem que amam. Sinceramente também não consigo entender que tipo de amor é esse.
    Textos como esse deviam fazer parte daqueles que os professores dos ensinos primário e secundário usam para mandar fazer as famosas “cópias para melhorar a caligrafia” a fim de melhorar o cérebro dos pugilistas e dos sacos de pancada que andam por aí.

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    1. Um dos problemas principais, Neide Costa, é o facto de se refugiarem nos seus medos. Medos daqui e acolá. Uma revolução de sucesso envolve sempre sangue derramado. Se não envolver melhor. Mas medo já não é justificativa. As coisas têm atingindo níveis alarmantes mas é tudo silenciado por uma sociedade que não quer ver por achar que cada um deve tratar da sua vida ou sabe de si. Ora bolas, crime é crime e ponto final. Deveriam classificar como um crime hediondo à aqueles que espancam e aquelas que não denunciam deveriam ser processadas por cumplicidade e obstrução da justiça!

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    2. Só reclama os seus direitos quem realmente os conhece. E muitos reclamadores vêm-se confinados numa teia de corrupção sem fim que cobre a justiça (angolana) e acabam por desistir por cansaço. Para isso mudar (e muitas outras coisas), como tu disseste, alguém tem que dar a cabeça pelos outros (eis o caso de Martin Luther King, por exemplo). É triste que acções tão extremas devem ser tomadas para resolver-se problemas que de facto são de simples resolução. As sanções contra qualquer tipo de crime devem ser melhor aplicadas! Mas voltando ao teu ponto, as pessoas têm sim que denunciar e serem denunciadas, pois a partir daí começará a mudança em relação a todos esses "medos". Eu cá tenho medo de galinhas e de alturas, e acho que esses deviam ser o maior medo das outras pessoas também... o resto não nos deve assustar!

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    3. Seria uma maravilha se esses fossem os medos da maioria. Mas não... A maka é que a ideia não penetrará na cabeça de muita gente porque a mudança assusta o ser humano. Para nós, mais vale lidar com tudo do que mudar, nem que for aos poucos.

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  2. Tem tudo haver com educação; educação moral, educação literária e educação civíca. E isso tem que começar no Berço.
    Agora o que tens na nossa Sociedade é um exemplo da seguinte corrente:
    Miudinha engravida (ou o miudo não assume a criança ou ela não sabe quem é o pai), não esta preparada para Criar uma criança (ter um Lar, afecto, amor, carinho, paciência e educação). Dentro de casa o miudo ouve berros e palavrões, muitas vezes exposto a violéncia fisíca e fora de casa anda com miudos nas mesmas condições ou piores, exposto aquilo que nós sabemos uma criança deveria manter distáncio. Resumo ele ou ela cresçem num meio que têm como lema miudas tornem-se poposudas e andem meio nuas na rua para consiguirem os tais “clients”/Tios, depois acabam gravidas e sem condições; miudos tornem-se fortes, sádicos e temiveis porque sóo mais forte sobrivivera…
    Putridão como Sociedade … como povo

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    1. Kwenha, e já estamos numa de deixa andar cada um cuida do seu. O anormal é comum. Aqueles que gritam nas rádios em prol da moral e dos bons costumes, são os mesmo que aliciam as nossas miúdas e promovem a ostentação. Então, o que fazer? Há vezes que penso que só os miúdos de 3 anos ainda têm chances de salvação. Mas algo arrojado precisa ser feito, porque o comodismo não nos está a levar à lugar algum!

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  3. Muito bom. Atrevo-me a dizer... estrondoso. Melhor, BRUTAL :)

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