sexta-feira, 6 de abril de 2012

Interpretação ao Vivo nas Festas de Luanda

Pausado, a fazer um "rollet" pela internet, cai-me o link de um website dado por uma amiga em que o título do link era: Sexo ao vivo nas festas de Luanda.
"Maro" aquela lenha, mais de 100 comentários. Finjo-me também de intelectual e começo a ler a cena.
No final, comecei já a espumar, de repente os meus "kalundús" me subiram e lá estou eu na sala a "bungular" no tapete. Tudo porque no santo texto só faltou dizerem que a nossa sociedade tem tudo para não ser irracional! Aiê?
- Ah, porque não, "jovens na idade de "leito", sobretudo meninas, tornam-se "prezas" de rapagões que deleitam endiabrados". "Nas zonas periféricas, os rapazes pagam 200 usd". Aiê?

Antes de mais, querem dar-nos a impressão que é um mero fruto da vulgaridade e de um desejo sedento de ter os ares de Sodoma e Gomorra pairando sobre nós. Aiê?

"Nos últimos tempos tem sido frequente o aumento de sexo ao vivo nalgumas festas da cidade capital. A imundice transvaza o racional". Aiê?

Se for só de falar, eu também aguento. Mas estão aonde os porquês? Porquê que isso tem sido frequente?
Mas para você apelidar que algo "transvaza o racional", não deveria antes existir uma certa referência que dar-nos-ia a possibilidade de medir o que realmente é racional ou não para a nossa sociedade? Essa referência de medida, não chamam de educação nem nada?

Agora é que Vamos "memo" já Lá Ser Sinceros! Se "memo" você, o "talo" jornalista que está indignado, está a escrever "prezas, rav, rays, streep", comete erros absurdos de número em suas frases num texto tão pequeno, está a dar uma de que está surpreso com o andamento da nossa sociedade? Logo você? Aqui estão a mandar indignação. O que podemos esperar duma sociedade que nem mais nos órgãos de comunicação podemos aprender a escrever em condições?

Eu sei, nesse momento estás mesmo a dizer, o Mauro não poderia fazer isso, que fingisse "inda" um pouco. É por fingirmos que estamos assim. Os que estão sempre a errar não são repreendidos. Nós estamos a chafurdar na lama por falta de um bom ensino académico. Quem aparece para dar exemplo, parece-se mais com uma conta de 1+1, ou seja, o que aprendes com esse exemplo de nada te ajudará na prova.

Voltando às nossas festas...
Que festa é essa que alguém da periferia consegue pagar 200 USD? Será que a família toda do Bill Gates está no Cazenga? Sambizanga? Precol? Será? 200 USD para ir à uma "rave"? Numa zona em que nada ou quase nada existe, as pessoas dependem da sua força de vontade, garra e imaginação para continuarem a sorrir, estão a espera que predominem festas de gala? Não, talvez uns bailes de máscaras. Aham, não. Querem que as pessoas vistam-se decentemente, porque é assim que deveriam vestir, visto que em 1998 naquela época ninguém metia colã, muito menos metiam calções a mostrar as bochechas. Isso aconteceu de repente. Aqui tipo "tão" a "brincá cô" vida! Ou não "memo"! Estão todos a viver a vida.
Mas então, você que desde manhã até à noite está a "travá cô vida", está a ver um certo glamour nas saias curtas, estórias de que é preciso viver a vida. Ah porque escola mesmo não dá para nada. Mínima brecha é flash daqui, flash d'acolá, se desse até seria o Flash da televisão. Assim só vais mesmo resistir por gozo à tentação?
Quando um assunto desse é trazido à tona, "tril" trilhões de comentários cingindo-se apenas à condenação. Poucos são aqueles que aparecem com uma ideia plausível explicando que nós estamos a discutir consequências. Em engenharia, ensina-se que consequências são alteradas se entendermos as causas. Consequências são como os gostos, não se discutem. Mas as causas... Sim, essas sim!
De tudo, o que mais me admira é que à luz do sol são todos uns santos, ninguém gosta, todos criticam... Agora eu pergunto: Será que só se envolvem nessas cenas quem não tem acesso à internet? Porque razão ninguém dá as caras nesse momento? Se temos tantos intelectuais e homens descontentes assim, porque razão poucos são aqueles que ao menos num único Sábado do mês vão à uma escola pública ler ao menos uma estória para os meninos?
Aham, estavam "pelenguenhados" ou não tinham mesmo vontade?
Assim eu também faço meus caros, assim eu também falo!

Quando é que iremos interiorizar que não passa apenas em dizer que não está bom? Quando é que iremos perceber que de acordo a nossa percepção do mundo, os gostos também variam?
Temos uma sociedade que para perceber muitas coisas vistas na TV, precisa de cenas sem ambiguidade, não aprendem o correcto vendo o errado, muito menos o correcto com o correcto. Quando passa algo não aprendem, imitam!
Dizer que está errado não basta, se esse erro não for devidamente explicado. Não é assim que aprendemos na escola? Não?
O que eu estou a tentar dizer, é que:... Eu não vou esclarecer nada, interprete do seu jeito.

A nossa sociedade já se perdeu na geração dos nossos pais. Mas só agora é que estamos a ir para as ruas bater lata. E isso está a deixar muita gente sonolenta, alarmada.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Macumba Online

Esse assunto é que nem Moët & Chandon. Cada um tem o seu ponto de vista acerca do sabor. Uns atiram-se ao chão de desgosto, outros escrevem cartas de amor e sonetos de adágio ao produto.

Na minha África o mercado de trabalho não anda muito bom para os nossos kimbandas. Xi, parece que uma espécie de crise europeia abalou completamente as estruturas de quem há muito trabalha nessa área com amor e carinho. Tudo porque um macumbeiro europeu não é um simples macumbeiro. Ele é um mago! Um homem que congrega em si um "kibuto" rijo de conhecimentos, todos querem o conhecer, e estar ao seu lado, são sucesso absoluto. Pois é, um feiticeiro no qual você deve deixar os "i’s" soarem bem; para o europeu você tem que afinar e muito.

Já um africano… Ai um africano! Até eu se apanho um "feticero" dessa estirpe piso-lhe no peito e lixo-lhe a "muchachala" toda juntamente com o cabedal. Tal como a trotinete de madeira que começou cá e regressou metalizada e muito cara, o mesmo aconteceu com a feitiçaria. Só é bonito se for "Made in Europe". Doutra forma, "mbora" lá matar os camaradas.

Entretanto com essa cena de globalização e tecnologia, surgiu a macumba online. O que fez com que muitos homens de "pembas" largassem a função. Você recebe um e-mail ou um post no Facebook detalhando uma estória, e no final: Reenvie senão a sua mãe morre. Muitos enviam e reenviam, mas sinceramente; adianta mesmo? É muito trabalho para pouca gente. Quer dizer, tirando os pedidos que chegam nos gabinetes dos "chiras", agora também têm que matar as mães de milhões de desconhecidos? E para piorar nem metem o endereço. Ah, porque a tua mãe vai morrer se não reenviares. Assim o coitadinho do "kimbanda" vai lhe apanhar aonde? Como é que ele vai montar a "tala" (mina terrestre tradicional)? Ham?

Se antes, os bruxos bungulavam em sua porta ao som de músicas sem ritmo, materiais gastos e tal, o que faziam com que as danças saíssem mal; de lembrar também que dispunham de poucos toques de dança, eram mais jaracuzas, poperôs e gato preto; diminuindo assim, o grau de efectividade das suas acções drasticamente por gastarem muita concentração ao escutar a música de ataque e repetir muitos toques.
Hoje em dia, eles cruzam já com um dj de renome tipo o Malvado ou mesmo o Kapiro na porta das suas vítimas. O dj põe-se a “suculentar” muito som rijo a saírem numas JBL e o kimbanda puxa o seu portátil e começa a mandar os toques na porta. Em caso de dúvida ele pode rapidamente aceder o You Tube e checar um toque novo que já esteja a rolar.

Sabendo que as coisas funcionam mais à base da proximidade, e no caso das "talas" é fundamental que o "kota bwé" saiba aonde a sua vítima irá passar para que possa pisá-la. Como é possível vocês quererem matar alguém por e-mail?! Co-mo? Assim "memo" se isso fosse possível vocês acham que os Estados Unidos da América iriam vos deixar em posse dessa divindade? Achas que iriam destruir nações quando poderiam apenas mandar um e-mail para o Saddam Hussein, Muʿammar al-Qaḏḏāfī ou mesmo para o Osama Bin-Laden? Era só um e-mail e já era!
É que seria festa grande! Estás furioso com alguém, e simplesmente dirias: Só se nunca mais abrires o teu Facebook ou a tua caixa de entrada de e-mail, porque eu vou te mandar uma pemba rija. Todo mundo estaria a correr das redes sociais porque estariam a se "bondar" por tiros online! Queres a namorada de alguém, era só mandar: Se não enviares para 3500 pessoas a tua namorada será minha. É que para pôr o "me gosta" não seria mais aquele trabalho todo de ter que "tramancar" o biquini da pinta para se fazer o grande trabalho. Tudo seria mais rápido e ao alcance de qualquer um.

VamosLá Ser Sinceros! O que é que leva alguém a reenviar essas macumbadas electrónicas? Será o simples apetite de cair numa estupidez? Querer reconhecimento da sua falência neuronal?
Assim mesmo sentaste, leste, e logo após gritaste: "Uauê, "lelô"! Deixa enviar agora "memo", antes morrer a mãe do meu amigo (porque você envia ao seu amigo) do que a minha! Se a "kota" então entregar as pastas (bater as botas), vais assumir a autoria do crime? Isso é o cúmulo do medo e da superstição, misturada com 15 colheres de egoísmo numa solução já saturada.

Falando em crime... Será que esse tipo de desacato deveria ser considerado como uma tentativa de homicídio culposo?
Por outro lado; será que eu é que estou enganado e no final das contas são todos uns bruxos aqueles que enviam essas mensagens aos outros? Pode ser que tenham ido à um "kimbanda" buscar feitiço mas antes de receber o pau deveriam enviar 150 e-mails aos seus amigos pedindo para reenviar, senão nada feito.

Pensando bem, a tecnologia deve ter mesmo afectado tudo. E como no caso das superstições nós raramente sabemos quais têm sido as inovações, se calhar os bruxos estão mesmo a criar esses posts e a publicarem no "wall" dos seus amigos. Pelo sim, pelo não, vamos deixar os pancos se divertirem um pouco.
O pior será se no final de tudo, eles estiverem com a razão!

segunda-feira, 19 de março de 2012

Pais

Não sei como é a sua relação com o seu pai. Mas a minha é uma porcaria. É uma chatice desde manhã até à noite, vezes há em que sinto vontade de dar-me um tiro na cabeça para evitar tanto dissabor.
Tudo isso, porque sempre que converso com o meu pai, é como se estivesse a conversar comigo mesmo. É muito argumento, muita lenga-lenga, é um a tentar adivinhar o que o outro está a pensar e responder de acordo com aquilo que ele acha que o outro irá pensar após a resposta, muita metáfora descabida, enrolamos bwé para explicar algo simples, me apanham sempre quando estou a mentir, é mesmo chato. Até as piadas chegam a ser semelhantes.

Sinceramente, só não converso a frente do espelho porque não consigo olhar a minha cara por muito tempo. Entretanto, garanto-vos que não é nada bom conhecermo-nos desse jeito. É que eu paro e digo: Eu sou chato! As pessoas passam mal comigo.
Eu reconheço-me a cada movimento, forma de manipular, gargalhar e até mesmo estigar.

Só escreveria do amor que sinto por você num dia como esse. Em que a efeméride chama-me à razão. E já estou bastante arrepiado por ter escrito a palavra "amor" referindo-me a si.
É óbvio que sendo você o macho alfa da família, muita demonstração pública de afecto, parece frescura exagerada.

É kota! Teu dia é "memo" só hoje e mais nada. E ainda assim, sugiro-te que rezes para que eu não seja atropelado porque se assim for gritarei: "Mamã uê"!

Vamos "inda" Lá Ser Sinceros.
Se pai fosse produto, seria pão. Só lhe valorizam quando acaba e sobrou apenas manteiga. Esquecem que o pai é a farinha e a mãe o forno. Em grandes debates fala-se apenas da grandiosidade do forno, ninguém quer jubilar o dono da matéria-prima. Será que não merece também? Será que é tão fácil assim ser pai? Tão fácil que uns preferem não assumir a paternidade porque detestam facilidades na vida?

Duns coros, tipo nada, permitam-me dizer que vocês são azarados. "Talo" dia do pai, calha "mbora" no mês da mulher? Quem fez isso "num" vos gosta! Só pode ter sido uma mulher!

Creio que a gente só pensa nos velhos quando está tudo bem. Na hora da dor nunca ouvi ninguém a gritar ai meu pai (excepto quando alguém te "espeta" uma boa bofetada e queres que o teu pai o espanque até a morte). Ele pode ser muito presente, mas se cair uma pedra no seu pé, você irá gritar: "Mametu uê"!

Uma das grandes máximas que já ouvi nessa terra diz: Primeiro o pai da terra, depois o Pai do céu.
Por isso, desafio-vos a deixarem-se balear, tropeçar, arrancar o dente ou aleijar-se e no final dizer: Ai meu pai!

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

O Telefone Não É Teu!

Num dia como hoje, nada como cantar o som inteiro do Heavy C, "O Telefone É Meu".
Mas ao invés de vos escrever algo que podem ouvir... Hoje Vamos Lá Ser Sinceros no primeiro minuto!

Minhas amigas, em que mundo é que vocês pensam estar a viver de maneira que achas que ficando com o telefone do outro(a) vais descobrir se estão a te "cabritar"? Isso é século XXI "uê", o século da saia curta e das leggings. Quando é que vão perceber que actualmente estão "memo" a se falar na cara: - Olha não me liga porque a minha dama vai estar com o telefone.
O facto de você pensar que nunca se submeteria a tal displicência, não quer dizer que as outras não iriam. Vocês até são espertas, estão a insistir em praticar burrice porquê?

Meus irmãos, "woridú" então, "wôrape" com a patetice?
Vocês andam uma desgraça para a nossa raça. Realmente tenho que admitir que o David Beckham assassinou a maioria dos homens machos, agora somos obrigados a lidar com isso.
Porquê que não apagam as mensagens depois de ler. Custa tanto assim? Será que nunca assistiram Missão Impossível? Não sabem meter o telefone no silêncio? Vocês até já sabem mesmo como elas são. Evita só "funguiça". Toda a hora a ouvir fiôko-fiôko, porque o fulano fez e desfez, assim não dá!

Quantas vezes terei que vos dizer que nem nos sonhos mais risonhos, em que a ilusão abunda, um homem será mais inteligente do que uma mulher? Quando meus "bradas"? Quando?
Achas mesmo que ela terá problemas em dar instruções ao mais novo brotinho para não lhe ligar no dia 14 de Fevereiro ou sei lá mais quando você decidir ficar com o telefone?
Achas mesmo que ele assim vai reclamar. Ah porque não pode, eu não consigo ficar sem você, sem falar contigo. Deixem "mazê" de "brincá cô" a vida pá!
Se você se mostrar muito inteligente ela vai te superar. Não tente só travar o que está preste a acontecer. Lembre-se sempre da Lei de Murphy.

Eu não vou falar daqueles que estão a travar sem damas e passam a vida a se aldrabar. Daqueles que só têm uma mas querem dar uma de Super-Homem (aqueles que têm mais de uma). Não vou falar das mentiras tais como "ah mô kota, hoje é um dia normal". Eu não vou falar daqueles que vão dar presentes, mas não vão ganhar nem uma ida ao cinema. Muito menos daquelas que de tanto darem não agora estão a arrotar mandioca.

Eu só quis rapidamente avisar que por mais que se esperneiem pelo dia dos namorados, não será hoje que saberás se és bovino.

Deixem de lutar contra o destino!

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

11 de Setembro

Muitas investigações foram feitas, muita boca foi mandada, muitas guerras iniciadas e muitas vidas foram levadas. Mas nenhum laudo plausível foi dado ao mundo. Os Estados Unidos da América não tiveram coragem de chegar e assumir a culpa pelos ataques de 11 de Setembro.
Eles acobardaram-se porque as falhas de segurança estavam logo ali à vista. O Pentágono sabe que o avião só foi assaltado porque os assistentes de bordo eram meros homens e mulheres; porque eles sabem que isso jamais aconteceria em Angola.

Se atacassem Angola, coisa que jamais acontecerá, mas prontos... Eles teriam que subir num voo da TAAG. Ali mesmo já é que o luxo iria começar a lhes entrar. Antes de embarcar, 3 horas de atraso. Dentro do avião vão petiscar mais 2 horitas de atraso. Todas as aeromoças te atendem já com uma cara de anti-terror. Iriam já tremer. Tentariam refastelar-se um pouquinho inclinando o banco, mas aquela lenha só iria mover 2 centímetros para baixo e nem um milímetro a mais. Ainda assim os passageiros de trás iriam reclamar exigindo que os terroristas voltassem a pôr as cadeiras nas suas posições padrão. Os terroristas, é claro, ficariam chateados, mas pensariam: Antes de matarmos essa gente, vamos só já comer, são muitas virgens lá em cima não dá para chegar "fobado". Mas é mesmo aí que a TAAG se excede, lhe é servido uma "comida", mas esse termo comida é uma expressão árabe para "catumbete". E assim eles começam já a se questionar sobre quem quer matar quem aí!

Assim que eles tentassem levantar para tomar o avião, viria uma daquelas aeromoças com a cara do Silvester Stallone na pele do Rambo e diria:
- Meus senhores, sentem-se agora. Não é momento para levantar.
Para já, ela nem vai querer saber se eles entendem português ou não.
Um deles que estaria "mbora" a lutar para falar português atiraria:
- Eu kaboom avião.
Ela começaria já a xinguilar, espíritos começariam a libertar-se do seu corpo, as pálpebras ficariam super dilatadas, e tudo isso só no segundo aviso.
- Você não entende o que é sentar? Sen.ta! | Nessa parte, só as vistas dela...
Começa já a segurar o pobre terrorista que quer apenas terminar sua missão, a lhe forçar a voltar aos seus assentos. Vá, senta, senta, senta! "Tás brincá cô vida" ou quê! Estás a pensar que isso aqui é o quê?

Insatisfeito e muito revoltado enquanto um deles tira uma pistola, o outro abre a camiseta mostrando a bomba pronta a ser detonada se as pessoas não colaborassem.
Nessa situação, as mulheres iriam entrar em pânico, mas colaborariam e deixariam os outros trabalhar. Entretanto, isso é muito desaforo para uma angolana levar em casa. Aí, iria vir já a chefe das assistentes (uma ex-sanzaleira de renome, a variação mais perigosa dessa mutação que é a angolana) pronta a interrogar os terroristas: - Mas que brincadeira é essa? Xé, tu aí fecha "mazé" essa camisa pá! O senhor não viu que não pode subir à bordo com esse tipo de material?
Quando um tenta responder ela abre já uma galheta da cara do terrorista: - Nunca mais tenta me responder estás a ouvir? Agora dá cá isso! - Tentando receber a pistola e a bomba.
Mas eles estavam remitentes. A "kota" só disse: Ninguém se mete. Vou tirar esses dois a "manuale"!
Aí instala-se o tumulto, bofetadas mais bofetadas, bicos da "chulipa", os passageiros estrangeiros a gritarem de medo enquanto que os angolanos gritavam: Bilô! Xê "tropeira" tira a câmera, tira a câmera!
Mas não é porque as vezes, chapada de angolana mata veado, imagina só numa pessoa. Depois de muito pontapé, todo mundo tonto, só uma voz era patente naquele meio e era a voz da chefe que proferia as seguintes palavras: Me larga! Te dei "né"? Te dei "né"? Fala mais! Muita boca, agora beberam chichi de porco.

E assim teríamos o problema resolvido. Mas Vamos Lá Ser Sinceros... Não se trata só do 11 de Setembro. Mesmo o Muammar Gaddafi só caiu porque insistia em pôr mulheres como suas seguranças. Se ele metesse angolanas... Iria ter "babulo" grande mas até hoje ele estaria vivo. Ninguém iria entrar no palácio. E simplesmente diriam às forças americanas: O Gaddafi "num" está. Saiu! - Fim de conversa!

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

O Trauma

Nessa vida, todos nós tomamos cuidados para não sermos traumatizados, muitos tomam mais cuidado ainda de não traumatizar o próximo. Por uma questão de bem-estar, a nossa consciência nos alerta sempre que entramos numa zona de desconforto.

Com o passar do tempo, os seres humanos foram ficando cada vez mais frescurosos, e hoje em dia são esse poço de ar fresco, umas tremendas geleiras das Antártidas. Vemos pessoas se traumatizando por tudo e por nada. Ora porque viu alguém a beijar na rua, ora porque roubaram-lhe o namorado, ora porque caiu no chão, ora porque o pai esbofeteou-lhe, ora porque mataram toda a sua família, ora porque está sempre a reprovar... Epá, tem trauma para todos os gostos, e pessoas escolhendo a que melhor se adapta a sua personalidade.

Entretanto, existe algo nessa terra que deveria chamar-se de "o pai da traumatização", e isto, isto chama-se festa de aniversário.
A festa de aniversário é o patrono dos traumas,Comandante-em-Chefe, segundo dados estatísticos mais de 80% dos traumas são provocados por essa festinha sem importância alguma. Mas deixem que vos diga: Se você acha que o seu aniversário não tem importância alguma, e que não deveria haver festinhas para celebrar, pois então, você faz parte das estatísticas. É, meu amigo, também és um traumatizado.

Mas de onde vem essa "maka" toda? De onde parte tanta "funguiça"?
Todo mundo já pensou em dar uma mega festa de aniversário, com todos os seus amigos e conhecidos, uma festa de parar o prédio, o bairro, a avenida, o município e quiçá mesmo a cidade.
Após pensar, você realiza a festa. Só que a gente já sabe como é a vida, os seus amigos e os seus conhecidos, eles estão sempre prontos para te dar um bom soco na boca do estômago. Prontos só não, porque eles realmente dão quando alguém mais popular que você decide dar também uma festa no mesmo dia. E assim você leva um bom sopapo das vistas e ninguém aparece na sua festa. Realçar que quando se trata de festa, se planeias chamar 80 e só aparecem 20 (com muito milagre e poder divino), é o mesmo que nada. Então a sua festa bate na rocha!

Cada minuto leva 30 minutos para passar, podes fazer tudo que estiver ao seu alcance e o tempo não passará. Sofrerás! Nem já quando uma namorada te trai e tu lhe apanhas dói assim. É muita vergonha! A tua cabeça começa a pesar 70 kilos. Desenvolves uma química absorvente e inexplicável com o chão, parece que a sua cara e o chão querem fazer amor. Aí, o DJ começa a tocar mal. Quer dizer já não basta não ter ninguém, o DJ ainda se dá o luxo de dar "bandeiras". Tentas recuperar murmurando que és forte, mas quando olhas à volta, vês um salão super grande, decorado com luzes negras e máquinas de fumo e tudo, dos 20 convidados que apareceram 5 são primos e 15 são fofoqueiros (e tudo homem, nada de mulher), não tem como não estares na boca do povo no dia seguinte. A sua vida parecerá um filme do James Bond: O Amanhã Nunca Chega! Toda e qualquer gargalhada solta, a sua mente dirá: Estão a te rir "malé"!
O pior, se é que existe algo pior do que o que está a acontecer, é que aparece sempre alguém que tenta sentir a tua dor. Boom... Começas a procurar cordas para suicidar-se ou até mesmo uma navalha para cortar os pulsos, mas só tem faca descartável.
Nessa fase, já não queres mais saber do bolo de aniversário, ou se entrou pato no boda. O que mais queres é que apareçam patos. Mas nem essa "falida" terás, é muita sorte para ti. Patos não gostam de boda podre.

Lá a noite acaba. Aquilo que mais querias aconteceu. Já não há mais festa, ou pelo menos um jantar que tentou mascarar-se de festa. Todo mundo já se foi embora. Começas a dar razão aos ricos por contratarem especialistas na hora de organizar uma festa de aniversário. Agora aparece outro problema: Não queres dormir porque se o fizeres, o amanhã chegará. Estás em sérios palcos de aranha! Ficas a pensar: Será que não tem ninguém aí interessado em te matar. Quiçá matar toda tua família fazendo com que o assunto do dia seguinte não seja a tua festa que ao invés de bater na Rocha, "rochou memo" já no Catambor!

Durante a madrugada, os seus sonhos foram apenas sobre a lenha que você tentou organizar. O dia clareia, notas que a maior desgraça da tua vida foi estares vivo. Começas já a jurar: Eu "memo", assim "memo" eu, juro nunca mais dar festa de aniversário. O trauma está instalado. Queres psicólogos, você é maluco, "tás" a pensar que estás na Europa ou quê?! Aqui é África, "tá brincá cô" vida!
Quando sais a rua, notas que os teus "amigos" deveriam ser evangelistas, espalharam as boas novas extremamente rápido. E aí... Xeque-mate... Mais um que nunca mais dará festas.

Eu sei que chegou aí partes em que você riu bwé, mas Vamos Lá SerSinceros, todo mundo que hoje em dia não aceita dar boda no seu aniversário, está traumatizado. Já deu uma lenha que ninguém foi. Se ainda não te aconteceu, e você gaba-se de não gostar mesmo, é porque viste alguém a passar por isso, e disseste: Possas! Eu nunca vou fazer isso!

Eu vou dar uma dica: Um amigo que não aparece na tua festa de aniversário, é só teu amigo de vuco-vuco, vapo-vapo! Não dá para lhe pôr muito próximo do coração, vai espetar-te uma facada para ver o que acontece. Festa podre ou não, o teu amigo estará aí a pular, a fingir que está bom, mas no dia seguinte vai te falar. Se não tiver transporte, ele vai se bater no chão, mas vai ter transporte, se está relaxado a espera que algo aconteça, essa pessoa não tem urgência nem vontade de ir. Acomodou-se! Eu já coei certos bodas, mas coei porque não queria ir. Aqui ninguém me vem com fatelas de que não deu porque estava mesmo ocupado; "xé", assim até as 2 horas da manhã estavas a resolver grandes assuntos, "né"?

Quando a festa está podre ou "malaike" a culpa é sempre dos convidados, pois eles não sabem como levantar a moral da farra. Portanto é bom que tenhas sempre um grupo de amigos que pertençam a FAF (Federação Angolana dos Fanfarrões).

Posso aqui voltar a fazer uma lista de situações que possivelmente desencadeariam uma corrente de trauma. Mas nenhuma, repito ALTO e em BOAS LETRAS, nenhum desses traumas, nem o de guerra, chegará perto e causará mais danos do que uma festa de aniversário mal comemorada!

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Quem Não Tem, Não Teme!

Ouço por aí que quem não deve, não teme. Porém, para quem realmente vive a vida, sabe perfeitamente que o verdadeiro ditado é: Quem não tem, não teme.
Essa deveria ser a lei que governa a tomada de qualquer decisão.

Torno-me num autêntico pateta, um burro original (daqueles com selo e garantia), quando vejo um trapo, quer dizer, tropa a tremer, com as pernas bambas, hesitando na hora de avançar em direcção à um alvo em forma de mulher; com dicas do tipo: - Ah porque não, "num" tenho coragem, ela deve ser antipática, e por aí afora. "Mô" irmão, deixa já te atirar uma dica muito verídica: Quem não tem, não teme! No máximo ela dirá um não; se for mulher. Porque se for angolana... Bem, essa vai te olhar de baixo para cima, vai trancafiar a cara, enervar-se-há severamente, os olhos ficarão vermelhos, a mão descerá ligeiramente em direcção à "jibô", cuspirá no chão e finalmente dar-te-há às costas. Como podes ver, nada de mais!
Como já foi várias vezes discutido por aqui, se aguentas angolana, aguentas tudo. Pois então, qual é o medo?
Não há razões de temer. Não ficarás menos pessoa se tentares ter aquilo que nunca tiveste.

É claro que esta lei não foi criada para encorajar futilidades como as que foram acima mencionadas. O objectivo principal dessa lei é dar força, garra, pegada, agilidade e velocidade, na hora de actuar num terreno com muitas interesseiras, comumente conhecidas como gatunas!

Elas pertencem à P.I.R. ("Pandidas" de Intervenção Rápida). Essas são "mamoites" no ataque, "num" brinca só "cô" a tua vida. Por serem de um batalhão especial de ataque, elas só actuam em ocasiões especiais. Não atacam qualquer um! São que nem tubarão, quanto mais sangue melhor.
As P.I.R., prontificam-se sempre a controlar e deter o movimento daqueles que aparentam ter muito "kitadi". E é aí que a gente entra, a gente aplica logo o nosso ditado, e resolvemos o problema. Meus amigos, todos sabemos que as P.I.R. são um estrondo, delírio de muita gente, se até hoje as estradas em Luanda continuam esburacadas, a culpa é toda delas, elas raptam a alma e ninguém tentará o resgate. Todo homem quer ter uma P.I.R. ao seu lado, mas elas escolhem as vítimas, raramente são vitimizadas.

O que é que elas tanto procuram num homem? Dinheiro! E se não tiveres, ela não vai. Simples, simples, até mais do que simples.
Mas, "môs wis" nunca foi mal fazer "playback". Eu já vi o Anselmo Ralph, Big Nelo e sei lá mais quem a fazer e mesmo assim as damas gritavam na plateia. Então se você quer uma "gatuna", se a que te faz delirar é uma "pandida", porque não fingir que tens dinheiro? Ham? Porque não?
Quem não tem, não teme! Se não tens dinheiro, vais ter medo de ser interceptado por uma interesseira porquê? Assim o que é que tu não tens que ela vai conseguir tirar ou levar?
Fingir, não é acreditar na sua própria performance, gastar o que não tens. É mesmo fingir.

Eu vejo muitos homens reclamando do facto de certas mulheres serem interesseiras. Elas estão no seu direito, cada um escolhe aquilo que mais lhe atrai no sexo oposto. Tu gostas da "bunda", ela gosta do bolso. Vamos Lá mazê Ser Sinceros pá! Tu finges que não queres saber da bunda, ela vai fingir que não quer saber do bolso. Até chegar o dia em que tudo se clarificará!

Carreguem isso como um material didáctico. Isto é o "Dudú come matete" na hora de encarar uma "pandida". Na hora em que achares que ela está fora do seu alcance, lembre-se, mas lembre-se em câmera lenta e volte a ver a cara do seu mestre dizendo-lhe: Quem não tem, não teme! E se estás com um sorriso no rosto, meu caro, tu não tens mesmo!